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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Fachadas e pisos feitas com arte em concreto!!!!

Por Piniweb

Maurício Bernardes
O “concreto gráfico” (Graphic Concrete) pode ser definido como um acabamento texturizado em estruturas de concreto capaz de criar formas e figuras variadas, pelo contraste obtido na sua superfície.
A tecnologia foi desenvolvida e patenteada pelo arquiteto Samuli Naamanka no final da década de 1990 motivado pela intenção de explorar o valor estético do concreto no revestimento de fachadas, em escala industrial, o que levou à criação da empresa Graphic Concrete. O desenvolvimento da tecnologia contou com apoio de líderes da indústria do concreto, fabricantes de papel e de empresas com expertise em impressão gráfica.
A tecnologia permite a reprodução duradoura de figuras e formas na superfície do concreto através da alteração de cor, textura e relevo, com possibilidade de aplicação em fachadas, paredes divisórias, revestimentos de pisos e lajes, com patente em diversos países, destacando-se os países europeus, EUA, China e Brasil.
Em mais de 600 projetos espalhados em 25 países, com aplicações em diferentes segmentos, entre eles o residencial, industrial, comercial e em obras públicas, a tecnologia tem demonstrado a sua versatilidade e a capacidade de criar projetos exclusivos, feitos sob medida. A variedade de cor que se pode obter através de cimentos pigmentados e pelos diferentes tipos de agregado permite aos arquitetos e designers criações ilimitadas.
Os arquitetos e designers têm a opção de selecionar entre 90 figuras padronizadas no catálogo da empresa ou estabelecer suas próprias criações, ou ainda, utilizar fotografias para reprodução.
O produto final da Graphic Concrete Inc. são membranas com a deposição de agentes retardantes de pega do concreto acompanhando as formas impressas na superfície da membrana, utilizadas na fabricação de peças pré-moldadas. Após o endurecimento do concreto a membrana é retirada e a superfície do concreto é lavada a fim de expor os agregados do concreto para criar as figuras e formas pretendidas, resultado do contraste entre as superfícies com e sem exposição de agregados. O processo tem obtido sucesso em elementos pré-fabricados com as fôrmas posicionadas horizontalmente.
Para receber a “impressão” das figuras, a largura padrão das membranas é de 3,2m, mas pode ser produzida em múltiplos trechos para compor figuras maiores.
Algumas aplicações da tecnologia pelo mundo:

Figuras estampadas ao longo de uma linha de trem em Helsinki (Finlândia).

Fachada em escola secundária de Crevin – França (2014) que expõe os rostos de 28 personalidades que influenciaram a cultura da região.

Piso com estampas em Estocolmo – Suécia (2013)

Superfície de laje com estampas na Dinamarca (2012)
Principais etapas da execução do “concreto gráfico” em fábricas de pré-moldados:

Após a limpeza da forma, ajusta-se o tamanho da membrana que contém o molde com as formas “impressas”.

A membrana é disposta sobre a fôrma com a face que possui o retardante voltada para o concreto.

Depois do posicionamento da armadura sobre a membrana inicia-se a concretagem.

Durante a concretagem, uma mesa vibratória promove o adensamento do concreto.

(a) No dia seguinte ao lançamento do concreto ocorre a desforma: Travamento de tirantes para “sacar” a peça da fôrma.

(b) No dia seguinte ao lançamento do concreto ocorre a desforma: Movimentação da peça.

O elemento desformado é transportado para a área de lavagem onde a membrana é retirada.

Ocorre então a lavagem da superfície do concreto com equipamento de alta pressão.

Estoque de painéis para remessa ao canteiro de obras
Agradecimento: Prof. Martin Paul Schwark

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