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domingo, 28 de junho de 2015

Três tuneladoras trabalham simultaneamente na obra de expansão da Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo

Maior equipamento, com roda de corte de 10,5 metros de diâmetro, chegou nesta semana à futura estação Hospital São Paulo

Por redação da PINIweb
26/Junho/2015
O equipamento shield EPB (em português, Escavadeira de Pressão Balanceada de Terra), conhecido como megatatuzão, chegou na última quinta-feira (25) à futura estação Hospital São Paulo da Linha 5-Lilás do Metrô da capital paulista. As obras de expansão da linha são a primeira do Brasil a ter três tuneladoras trabalhando ao mesmo tempo.
O megatatuzão, ao mesmo tempo em que perfura o solo, instala o revestimento estrutural do túnel, com anéis de concreto e fibras de aço. O equipamento que trabalhou na futura estação Hospital São Paulo foi fabricado na Alemanha e possui uma roda de corte de 10,5 metros de diâmetro, cinco metros de comprimento e 1,5 mil toneladas de peso.
Segundo o Metrô de São Paulo, a operação do shield demanda 180 pessoas, sendo 50 profissionais em cada turno, além de 30 operários de apoio. Em 24 horas, o equipamento para escavação de um túnel único gera 154 m³ de terra por hora. A remoção desse material é feita pelo poço Bandeirantes e exige um caminhão basculante a cada quatro minutos.
Atualmente, mais de 3.300 metros de túneis em direção à estação Chácara Klabin (na interligação com a Linha 2) já foram construídos por esta máquina, desde setembro de 2013.
A Linha 5 ainda tem outros dois equipamentos em operação, chamados de Tarsila e Lina, que possuem roda de corte de 6,3 metros de diâmetro e constroem túneis paralelos entre as estações Adolfo Pinheiro - aberta ao público em 2014 - e Campo Belo.
A estação Hospital São Paulo terá quatro pavimentos internos, com 36 metros de profundidade, além de um edifício para as salas técnicas, totalizando 12.403 m² de área construída. Contará com banheiros públicos, portas de plataforma, 17 escadas rolantes, cinco elevadores e um bicicletário. Os acessos serão feitos pelas ruas Pedro de Toledo e dos Otonis.
O investimento nas obras de expansão da Linha 5-Lilás é de R$ 8,7 bilhões, incluindo a compra de 26 novos trens. Após a estação Adolfo Pinheiro, entregue em 2014, serão mais 10 km de extensão e outras 10 estações: Alto da Boa Vista, Borba Gato, Brooklin, Campo Belo, Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin.

Motorola investe R$ 40 milhões em centro de inovação no país

Por Indústria Hoje

motorola grd
São Paulo – Com novos investimentos e palavras de otimismo em relação ao Brasil, as empresas de tecnologia parecem seguir na contramão de outros setores da economia, que têm reduzido suas apostas no mercado brasileiro.
O mais recente exemplo é a Motorola, que acaba de divulgar a criação de dois centros de inovação, um deles com investimento de R$ 40 milhões, ao mesmo tempo em que dobrou o número de colaboradores nas áreas de pesquisa e desenvolvimento de 160 para hoje 350 pessoas, que trabalham tanto internamente quanto em instituições parceiras.
Projetos na área também dobraram nesse período, de 15 para 30.
As iniciativas fazem sentido em um País que se tornou o segundo mercado da empresa no mundo, ficando atrás dos EUA e à frente da Índia.
Por trás desse desempenho, está o êxito do Moto G, smartphone que bateu muitos concorrentes no quesito custo-benefício e foi adotado maciçamente pelo consumidor brasileiro.
O mercado de smartphones, em geral, também vende saúde: o crescimento no primeiro trimestre de 2015 foi de 33%, segundo a IDC.
A joia do novo anúncio da empresa é o lançamento de um laboratório de pesquisa, simulações e testes no Centro de Informática (CIn) da Universidade Federal de Pernambuco.
O trabalho com redes 4G será um dos focos do centro. A Motorola tem a intenção de fazer o Brasil “protagonizar” testes de aparelhos para esse tipo de rede, papel que é hoje dos EUA.
Segundo a empresa, são provas complexas que simulam a rede 4G que as operadoras oferecem.
Conhecimento
A Motorola toca uma porção de projetos com institutos de pesquisa terceiros, em áreas como software embarcado, processamento de imagem, tecnologia de serviços de 4G e design.
A empresa tem dois parceiros principais: o Cesar (centro de estudos e sistemas avançados do Recife), entidade que faz uma ponte entre o mercado e a área de pesquisa, e o Instituto Eldorado, ligado à Unicamp.
“Não existe hoje nenhuma empresa autossuficiente, a produção de capital humano e conhecimento é muito grande, procuramos o que tem de melhor por aí”, declarou ao Estado José Soares, diretor de desenvolvimento de produtos da empresa. O design também merece atenção entre os novos projetos.
A empresa inaugurou em São Paulo o primeiro Centro de Experiência & Design de Produtos (CXD) no País, com caráter multidisciplinar.
Para coordenar o centro, que terá dez designers, a Motorola chamou o colombiano Ruben Castano.
Segundo ele, o polo de design local será maior que o de Pequim, China, que conta com sete profissionais, mas ainda menor que centros nos Estados Unidos, como em Sunnyvale, Califórnia, e na sede da empresa, em Chicago.
Com tudo isso, é plausível pensar em um celular projetado no Brasil? Os executivos entrevistados não acham impossível, embora ainda seja uma hipótese remota.
E enfatizam que qualquer produto tem de ser pensado globalmente, com as diferenças locais incorporadas em seus respectivos territórios.
Uma particularidade regional também pode atravessar fronteiras. No caso do Brasil, a tecnologia de seleção automática para aparelhos com dois chips é um exemplo de desenvolvimento local que teve aplicação em outros países, como na Índia.
“O Brasil está na ponta da tecnologia Dual SIM (dois chips)”, diz Soares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Solução para apagão de rádio de veículos hipersônicos

Por Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/06/2015

Encontrada solução para apagão de rádio de veículos hipersônicos
O apagão das comunicações das naves e veículos hipersônicos ocorre porque se forma um "revestimento de plasma" ao seu redor, que impede a passagem das ondas de rádio.[Imagem: NASA]

Silêncio de rádio
O silêncio de rádio que marca a reentrada das naves na atmosfera sempre foi um incômodo para os controladores das missões.
A bem-conhecida saga da Apollo 13 levou as tensões ao pico depois de a tripulação demorar mais de um minuto a mais do que o esperado para retomar as comunicações. E ninguém se esquece do final menos feliz do ônibus espacial Colúmbia.
A boa notícia é que há uma forma de evitar esse apagão das comunicações, segundo Xiaotian Gao e Binhao Jiang, do Instituto de Tecnologia Harbin, na China.
A tecnologia também poderá ser aplicada em outros veículos hipersônicos, de imediato ajudando a coletar informações sobre essas naves e aviões ainda em fase de desenvolvimento, como o HyCAUSE da NASA, o SpaceLiner da ESA e o avião supersônico chinês, ainda sem nome oficial.
Revestimento de plasma
O blecaute das comunicações na reentrada na atmosfera ocorre porque a nave é envolta por um colchão de ar quente ionizado - um plasma - que reflete as ondas eletromagnéticas, impedindo que elas saiam ou cheguem às antenas da nave.
Esse mesmo "revestimento de plasma" ocorre em aviões viajando em velocidades acima de cinco vezes a velocidade do som.
Contudo, experimentos em laboratório já haviam indicado que, em certas condições, esse revestimento de plasma pode até mesmo melhorar o rendimento das antenas, mas ninguém havia entendido perfeitamente esse efeito.
Gao e Jiang descobriram que a melhoria do sinal gerada nos experimentos anteriores foi produzida por uma ressonância - oscilações eletromagnéticas que se equivalem - entre o revestimento de plasma e o ar ao seu redor.
A dupla idealizou então uma forma de replicar essas condições para aplicação em naves e veículos de verdade, em condições operacionais. A única exigência é que as comunicações sejam feitas usando canais de baixa frequência durante o apagão das comunicações.
Camada de equivalência
A solução está em uma "camada de equivalência" a ser adicionada às antenas, gerando um acoplamento entre a nave e o mundo exterior por meio da ressonância produzida entre o ar e o revestimento de plasma.
A camada de equivalência funciona como um capacitor, enquanto o revestimento de plasma funciona como uma bobina, que naturalmente resiste a alterações em uma corrente elétrica que a atravessa. Quando um capacitor e uma bobina são acoplados, eles criam um circuito ressonante.
"Uma vez que a ressonância seja alcançada, a energia pode ser trocada de forma constante e sem perdas. Como resultado, a radiação eletromagnética pode se propagar através da camada de equivalência e do revestimento de plasma como se eles não existissem," explicou Gao.
A única exigência é que a camada de equivalência e o revestimento de plasma sejam menores do que o comprimento de onda das ondas de rádio usadas nas comunicações, o que exige o uso de baixas frequências.
Bibliografia:

A matching approach to communicate through the plasma sheath surrounding a hypersonic vehicle
Xiaotian Gao, Binhao Jiang
Journal of Applied Physics
Vol.: 117, 233301
DOI: 10.1063/1.4921751

sábado, 20 de junho de 2015

Material com rigidez negativa absorve impacto em 0,03 segundo

Por Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/06/2015

Absorção de impactos
Materiais estruturalmente inovadores parecem ter-se tornado uma tendência, com alegações recentes de um pretenso "material mais eficiente do Universo"
 até de um material Hulk, que fica mais forte com radiação gama.
Dixon Correa, da Universidade do Texas em Austin, apresentou agora um material polimérico cuja estrutura interna vai-se ajustando para absorver energia com uma eficiência inédita.
A estrutura, batizada de "favo de mel com rigidez negativa", poderá ser usada em pára-choques de automóveis, capacetes de segurança, caneleiras, roupas de proteção pessoal e em qualquer outra situação onde é necessário absorver fortes impactos.
Já existem várias estruturas nessa categoria de "favos de mel", formadas por células, geralmente hexagonais, dispostas em diversas configurações e dimensões. Elas são muito eficientes, mas conseguem suportar apenas um impacto, já que se deformam e não conseguem retornar ao seu formato original.
Favos de mel com rigidez negativa
As estruturas com rigidez negativa, por sua vez, são formadas por células com uma geometria que permite uma deformação flexível e reversível, retornando ao formato original depois de cessada a força que as comprime.
O protótipo, com cerca de 9 centímetros e feito de nylon, consegue suportar uma força de 200 newtons aplicada em altíssima velocidade: um projétil atingindo o material a uma velocidade de 160 km/h foi parado em 0,03 segundo.
A equipe afirma que as células com rigidez negativa podem ser fabricadas em diferentes dimensões, o que amplia ainda mais o potencial de aplicação do material.
Bibliografia:

Mechanical design of negative stiffness honeycomb materials.
Dixon Malcom Correa, Carolyn Conner Seepersad, Michael R. Haberman
Integrated Materials and Manufacturing Innovation
Vol.: 4 (1)
DOI: 10.1186/s40192-015-0037-9

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Memórias dos computadores de vestir já estão prontas

Por Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/06/2015

Memórias PRAM flexíveis para computadores de vestir
As memórias PRAM flexíveis apresentaram o menor consumo de energia de todas as memórias de mudança de fase demonstradas até agora. [Imagem: KAIST]
Memórias PRAM
Acabam de ser fabricadas as primeiras memórias PRAM flexíveis, reforçando sua vocação para equipar as novas gerações de equipamentos portáteis e computadores de vestir.
Memórias PRAM (Phase Change Random Access Memory), ou PCM (Phase Change Memory), são fabricadas com materiais que sofrem uma mudança de fase, o que significa que elas não perdem dados na ausência de energia.
Por isso elas são vistas como as sucessoras das memórias flash, já que são muito mais rápidas.
Os materiais de mudança de fase podem alternar entre duas fases estruturais, cada uma delas com diferentes propriedades elétricas, uma cristalina e condutora de eletricidade, e outra amorfa e isolante.
Memórias flexíveis
Byoung You e seus colegas do Instituto KAIST, na Coreia do Sul, desenvolveram agora um processo para fabricar as memórias PRAM em substratos flexíveis.
A tarefa era difícil porque as células de memória precisam ser miniaturizadas à escala nanométrica para garantir a flexibilidade, mas os substratos poliméricos flexíveis não aceitam bem a fotolitografia tradicional, capaz de alcançar essa resolução.
A solução foi encontrada em um processo no qual as nanoestruturas são fabricadas por um processo de automontagem guiado por copolímeros em bloco, que se dão bem com os substratos flexíveis.
Memórias PRAM flexíveis para computadores de vestir
As memórias são construídas por automontagem, um processo guiado por copolímeros. [Imagem: ACS Nano]
O processo gera células de memória na faixa dos 10 nanômetros, que podem ser acionadas por correntes abaixo de 20 microamperes, uma das mais baixas registradas até agora em componentes PCM.
"A demonstração de PRAMs de baixa potência sobre plástico é uma das questões mais importantes para as memórias não-voláteis flexíveis para a próxima geração de dispositivos de vestir. Nossa metodologia simples e inovadora apresenta um forte potencial para levar as PRAMs rumo à comercialização," disse o professor Keon Jae Lee, cuja equipe já havia inovado também na fabricação de memórias resistivas, ou RRAM.
Bibliografia:

Self-Structured Conductive Filament Nanoheater for Chalcogenide Phase Transition
Byoung Kuk You, Myunghwan Byun, Seungjun Kim, Keon Jae Lee
ACS Nano
Vol.: Article ASAP
DOI: 10.1021/acsnano.5b02579

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Impressão colorida sem tinta

Por Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/06/2015

Impressão colorida sem tinta
As cores são geradas pela interação da luz com as nanoestruturas, sem qualquer pigmento. [Imagem: Fei Cheng - 10.1038/srep11045]

Metacores
Diversos animais possuem sistemas de coloração muito vívidos que não são baseados em pigmentos, mas em estruturas nanoscópicas que interagem de forma muito peculiar com a luz, gerando efeitos de cores difíceis de reproduzir.
Uma equipe da Universidade de Ciência e Tecnologia de Missouri, nos Estados Unidos, começou agora a dominar essa técnica de "impressão colorida sem tinta".
Em vez de aplicar pigmentos, como na impressão tradicional, a técnica se baseia na construção de minúsculas estruturas projetadas para interagir de forma precisa com a luz, criando os efeitos de cor.
Metaestruturas
As nanoestruturas são sanduíches de materiais dielétricos e metálicos projetados para manipular as ondas de luz, o que as inclui na categoria dos metamateriais, o tipo de material artificial usado nos mantos de invisibilidade.
Impressão colorida sem tinta
Os efeitos de cor são gerados variando os furos na superfície superior dos sanduíches de material dielétrico e metálico. [Imagem: Fei Cheng - 10.1038/srep11045]
A parte superior do sanduíche recebe furos com dimensões e espaçamentos precisos para prover uma interação específica com a luz.
"Ao contrário do processo de impressão de uma impressora jato de tinta ou laser, onde são misturados pigmentos de múltiplas cores, não há nenhuma tinta colorida no nosso processo de impressão estrutural - apenas diferentes tamanhos de buracos sobre uma fina camada metálica," disse Jie Gao, criador das nanoestruturas.
Artes e segurança
"Para criar uma imagem colorida com as nossas paletas de cores em nanoescala, substituímos diferentes áreas na imagem original com diferentes nanoestruturas com tamanhos de furos específicos para representar várias cores visíveis," explica o professor Xiaodong Yang, um especialista na criação de "meta-átomos".
A equipe acredita que a técnica poderá ter aplicações industriais e artísticas, além de armazenamento de informações e sistemas de segurança - recentemente foi apresentada uma nanoespiral que é praticamente impossível de ser reproduzida e cujos efeitos baseiam-se nos mesmos mecanismos de interação com a luz.
Bibliografia:

Structural color printing based on plasmonic metasurfaces of perfect light absorption
Fei Cheng, Jie Gao, Ting S. Luk, Xiaodong Yang
Nature Scientific Reports
Vol.: 5: 11045
DOI: 10.1038/srep11045

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Como funciona o download de energia pelo celular?

Por Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/06/2015

Como funciona o download de energia pelo celular?
O conceito de uma antena para capturar energia das ondas eletromagnéticas também pode funcionar para a luz.[Imagem: Moddel et al.]
Colheita de energia
Há poucos dias, o anúncio de uma tecnologia que permitirá que celulares façam download de energia do ar chamou a atenção da imprensa.
Mas como essa tecnologia funciona? Sobretudo, como os aparelhos podem funcionar se a energia que eles emitem for capturada de volta para recarregar a bateria?
Na verdade, a ideia de converter sinais de rádio em energia é tão antiga quanto a eletricidade comercial.
Nikola Tesla ficou famoso por suas tentativas de transmitir eletricidade pelo ar, uma ideia que está renascendo através de técnicas conhecidas como Witricity - uma "eletricidade sem fios".
Mas é mais simples tentar reaproveitar as ondas eletromagnéticas que já nos cercam porque as ondas de rádio são apenas uma forma de corrente alternada de frequência muito alta.
Além disso, elas já estão sendo transmitidas e, em grande parte, desperdiçadas, já que apenas uma pequena porção delas atinge um aparelho projetado para captá-las.
Recaptura de energia
Sendo apenas corrente alternada, a captura de energia do ar precisa apenas de uma antena adequada, que capte a energia das ondas de rádio presentes no ambiente, e aparelhos que as transformem na corrente contínua que alimenta os aparelhos eletrônicos ou recarrega as baterias - os carregadores de baterias, aquelas pequenas caixas que você espeta na tomada, são retificadores, ou seja, conversores da corrente alternada em corrente contínua, e transformadores, para baixar a tensão para a quantidade de volts adequada para cada aparelho.
A quantidade de eletricidade capturada desta forma não é grande, mas a miniaturização dos aparelhos e seu menor consumo de energia está tornando essa chamada "colheita de energia" uma opção interessante.
Por exemplo, o anúncio mais recente sobre o "download de eletricidade" consegue economizar até 30% da bateria de um celular. Ocorre que ele não se baseia na captura da energia desperdiçada e espalhada pelo ambiente, mas da energia dissipada na transmissão do próprio aparelho.
O truque consiste em capturar o sinal de rádio em uma intensidade que não seja suficiente para degradar a qualidade das transmissões de dados ou voz. A produtividade da técnica é razoável porque os telefones celulares transmitem em todas as direções ao mesmo tempo - esta é a forma mais rápida para um aparelho portátil alcançar a torre de celular ou o roteador Wi-Fi mais próximo.
A técnica só funcionará, portanto, quando o celular estiver transmitindo - quando você estiver falando ao telefone, enviando e-mails, arquivos ou mensagens de texto. Se você estiver apenas jogando offline, sua bateria continuará sendo drenada como de costume.
Antenas especiais
Técnicas baseadas em metamateriais, sobretudo com antenas capazes de capturar várias frequências de ondas de rádio, prometem estender essa técnica para outros usos, recarregando continuamente baterias e pilhas usadas em outros aparelhos.
Um sistema de reciclagem de energia demonstrado recentemente, baseado em metamateriais, já consegue produzir 7,3 volts, mais do que a tensão dos carregadores USB.
Como a luz também é uma onda eletromagnética, o princípio está sendo aplicado igualmente a células solares, que, dotadas de antenas próprias, tornam-se capazes de capturar uma porção maior do espectro eletromagnético:

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Aceleração de startups converte ciência em novos negócios

Por Agência USP Da Redação - agenusp@usp.br
Da Assessoria de Comunicação do CCSL
Viabilizado por uma parceria entre a aceleradora Startup Farm e o Centro de Competência em Software Livre (CCSL) do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, teve início dia 1º de maio a edição “Disrupt: transformando ciência em negócios tecnológicos” da Startup Farm, na USP. O programa, que terá duração de cinco semanas, conta com 15 equipes de empreendedores de todos os cantos do País selecionadas dentre quase cem inscritas. Além de favorecer o contato entre as equipes e a Universidade, estimulando a transferência de conhecimento e tecnologia, há a possibilidade de os professores atuarem como mentores das startups.
Programa conta com 15 equipes de empreendedores de todos os cantos do País
A ideia do projeto surgiu há um ano, quando o professor Fabio Kon, vice-diretor do CCSL, enxergou uma oportunidade de levar a iniciativa para a universidade após participar da 10ª edição da Startup Farm, onde falou sobre sua pesquisa acadêmica sobre ecossistemas de startups. Naquela edição, quatro ex-alunos do Departamento de Ciência da Computação do IME participaram em duas startups aceleradas e incentivaram a ideia de levar o programa para dentro da universidade. A parceria foi finalmente selada com o apoio do Núcleo de Empreendedorismo da USP (NEU), entidade criada por alunos de graduação para impulsionar o empreendedorismo no universo acadêmico.
Segundo Kon, o Brasil é um país com um nível de empreendedorismo relativamente forte, porém a maioria dos negócios por aqui é pouco tecnológico e de baixo valor agregado. “Salvo raras exceções, há pouca tradição em transformar pesquisa científica em negócios tecnológicos inovadores. Precisamos trabalhar para mudar isso”, enfatizou.Além de os participantes do programa terem acesso a um treinamento e mentorias de alta qualidade, a comunidade USP também se beneficiará com o projeto.
Transferência de conhecimento e tecnologia
O programa possibilitará o contato entre jovens empreendedores e professores, alunos e funcionários, aproximando a academia do setor produtivo em inovação tecnológica e favorecendo a transferência de conhecimento e tecnologia para a sociedade. Outro benefício interessante é que os professores também poderão atuar como mentores das startups em conjunto com a grande rede de mentores voluntários já catalogados pela Startup Farm nas edições anteriores.
Para Alan Leite, CEO da Startup Farm, a edição em São Paulo será muito especial. “Estamos esperando por novos resultados espetaculares da união da expertise da Farm com a competência técnica da comunidade USP. Queremos também deixar um legado para esse ecossistema acadêmico”, explicou. Nos programas anteriores, realizados em seis cidades diferentes, a Startup Farm acelerou 147 startups, entre elas a Easy Taxi, hoje presente em 40 países e considerado um dos maiores aplicativos de serviços móveis do mundo.
A Startup Farm é uma aceleradora-escola que tem por objetivo fomentar o empreendedorismo por intermédio de educação empreendedora, cultura e acesso a investimento. Ao colocar o empreendedor como eixo central de sua atuação, a Startup Farm oferece aos participantes de seus programas exposição a uma rede de mentores e facilitadores que, aliada aos seus parceiros institucionais, acadêmicos, grandes empresas e investidores, têm gerado casos de sucesso no mercado brasileiro e internacional, como o EasyTaxi, o WorldPackers, o NetShow.me e O Entregador (atual HelloFood).
Foto: Divulgação