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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Confirmada teoria sobre geração de energia no Sol - Inovação tecnológica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/08/2014

Cintiladores, detectores e a esfera do Borexino, antes de ela ser preenchida com água e iniciar as observações.[Imagem: A. Brigatti/INFN/Borexino Collaboration]
Neutrinos solares
Físicos afirmam ter conseguido a primeira evidência direta da forma como a energia do Sol é gerada.
A teoria longamente aceita estabelece que a energia do Sol é gerada pela fusão de átomos de hidrogênio para formar hélio - provar isto, contudo, é um desafio cósmico.
Um desafio que foi vencido pela equipe internacional do detector Borexino, um sensor de neutrinos instalado no laboratório subterrâneo Gran Sasso, na Itália.
A equipe conseguiu detectar os neutrinos especificamente produzidos pela reação da fusão do hidrogênio em hélio, comprovando que as teorias estavam corretas - de resto um alívio para os grupos que estão tentando construir reatores de fusão aqui na Terra.
Embora vários neutrinos solares já tenham sido detectados, esses são especiais. Quando os núcleos de hidrogênio (prótons) fundem-se em um núcleo de deutério, a reação gera um pósitron e um neutrino de baixa energia, chamado neutrino pp, ou neutrino do elétron.
Como interagem muito fracamente com a matéria, assim que os neutrinos pp são gerados eles viajam através do plasma solar, chegando à Terra cerca de oito minutos depois.
Isto significa que o detector Borexino consegue monitorar a fusão no interior do Sol em tempo real.
O detector Borexino é formado por sensores mergulhados em um tanque esférico de aço de 13,7 metros de diâmetro, contendo 2.100 toneladas de água ultrapura - tudo instalado nas profundezas de uma mina, protegido por 1.400 metros de rocha para evitar qualquer interferência externa. [Imagem: Borexino Collaboration]
Potência do Sol
Enquanto os neutrinos saem direto do núcleo da estrela, os fótons que são gerados na reação levam cerca de 100.000 anos para viajar através de todo o Sol, chegar à sua superfície, e finalmente serem disparados em direção à Terra.
Comparando a energia gerada pela reação que dá origem aos neutrinos do elétron com a energia emitida diretamente pelo Sol, os físicos concluíram que o Sol tem sido uma estrela extremamente estável durante esses 100 mil anos, uma vez que a energia "antiga", vinda na forma de luz e calor, é muito similar à energia gerada em seu núcleo hoje, agora monitorada em tempo real pelo Borexino.
Durante as observações, foi medido um fluxo de neutrinos de 6,6 x 1010 por cm² por segundo. Isto significa que o Sol tem uma potência de 3,98 x 1026 Watts, um valor muito semelhante ao obtido pela medição da energia da radiação solar que ilumina e aquece a Terra, que é de 3,84 x 1026 Watts.
Segundo os físicos, isto demonstra que o Sol está em completo equilíbrio termodinâmico, e nos dá a tranquilidade de que a atividade solar dificilmente sofrerá qualquer alteração nos 100 mil anos que virão.
Bibliografia:

Neutrinos from the primary proton-proton fusion process in the Sun
G. Bellini et al. - Borexino Collaboration
Nature
Vol.: 512, 383-386
DOI: 10.1038/nature13702
Texto e imagens extraídos do site Inovação Tecnológica.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=neutrinos-monitoram-potencia-sol-tempo-real&id=010125140829#.VAC73_ldVu4

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Haddad prepara projeto para enterrar fiação elétrica de São Paulo - Instituto de Engenharia

Estimativa aponta custo de R$ 15 bilhões para a proposta, vista como "nova Cidade Limpa"

POR ÚLTIMO SEGUNDO

Publicado em 26 de agosto de 2014

Google Mapas


O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), prepara um projeto para enterrar a fiação pública e recuperar as calçadas de diversos bairros e avenidas da cidade. O projeto foi pauta de uma reunião com construtoras e do último encontro do conselho político da prefeitura, na quinta-feira passada. Pelo impacto visual, a ideia é tratada na administração como uma "Cidade Limpa" do novo prefeito, em referência à lei que retirou os outdoors da capital paulista e virou marca da gestão do antecessor Gilberto Kassab (PSD). 

O custo, o mapa de implantação e os detalhes técnicos ainda precisam ser definidos. Segundo estimativas preliminares apresentadas na reunião do conselho, executar esse trabalho nas principais áreas da cidade custaria algo em torno de R$ 15 bilhões. Cada metro de fiação enterrada sairia por aproximadamente R$ 5,5 mil. O prefeito disse aos auxiliares que a ideia é analisar alternativas para viabilizar o projeto, de modo que a iniciativa privada divida o custo das obras, afirma uma fonte que participou do encontro. 

A prefeitura cogita Parcerias Público-privadas (PPPs). "Nesse caso, o ideal seria um 'aluguel de ativos', no qual as construtoras arcariam com a obra e depois alugariam as galerias subterrâneas, por tempo determinado, para as concessionárias, como Eletropaulo, Sabesp, Comgás e empresas de telefonia", diz Carlos Zveibil Neto, vice-presidente da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop), uma das entidades consultadas pela prefeitura. 

Ou seja, nesse formato, as empresas que usariam as galerias pagariam a maior parte do projeto. A prefeitura arcaria com outra parcela. E não está descartado um aumento de IPTU em áreas contempladas. Nesse caso, a administração poderia fazer consultas populares, para avaliar o interesse dos moradores de uma determinada rua na obra. 

Na reunião com as empreiteiras, Haddad disse que tinha interesse em "fazer uma parceria para resolver os problemas dos fios e das calçadas", de acordo com pessoas presentes no encontro. A ideia teria sido bem aceita pelos representantes da iniciativa privada. 

O prefeito ouviu que as obras poderiam ser executadas com métodos chamados "não destrutivos", que usam perfurações parecidas com as feitas nos metrôs, nas quais uma máquina entra no subsolo e perfura o trajeto, sem necessidade de se quebrar toda a calçada. A técnica já é empregada em São Paulo para empresas de água, esgoto e telefonia, segundo especialistas do setor.

Haddad chegou a sugerir que o método poderia ser o "destrutivo", já que a ideia é aproveitar as obras para reformar as calçadas. Mas foi informado de que seria melhor usar o tipo não destrutivo e fazer a recuperação dos pavimentos em paralelo, o que seria mais barato. 

O mapa de implantação não está definido, mas a prefeitura planeja começar por avenidas e bairros mais adensados, segundo fontes ouvidas pela reportagem. "Teria que iniciar pelas grandes avenidas e lugares onde a fiação está mais carregada, com maiores riscos para o cidadão", opina Zveibil Neto. 

"Um dos elementos mais feios e desengonçados da paisagem urbana de São Paulo seria eliminado, com grande ganho para a beleza da paisagem urbana e a qualidade de vida da população", afirma o Bruno Padovano, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. 

Mas, para o especialista, o impacto do projeto não seria somente visual. "A fiação enterrada aumenta a segurança do cidadão, seja um transeunte ou um motorista, já que acidentes com postes de rua são frequentes e muitas vezes fatais, ou mesmo de uma criança empinando pipa ou alguém fazendo um 'gato' e sendo eletrocutado no processo", diz Padovano. 

"As telecomunicações seriam melhoradas e a distribuição de energia seria mais protegida de chuva e queda de árvores", explica o professor. 

Nos últimos anos, projetos pontuais para enterrar a fiação de vias públicas foram executados em São Paulo. Num deles, ruas comerciais da cidade, como a Oscar Freire e a Avanhandava, ganharam fiação subterrânea e uma repaginada no mobiliário. A iniciativa privada bancou parte dos custos. Em 2012, a Avenida Faria Lima também teve 1,5 km de extensão restaurados, entre as avenidas Rebouças e Cidade Jardim.

Muitas cidades de países desenvolvidos resolveram há tempos esses problemas, especialmente na Europa, mas há casos como as bem-cuidadas Vancouver (Canadá) e Portland (EUA), além de cidades chinesas como Beijing e Xangai, que vêm adotando políticas urbanas parecidas com a da Cidade Limpa, o que inclui não apenas o controle da comunicação visual comercial nos espaços públicos mas especialmente a remoção da fiação aérea", diz Padovano. 

A Prefeitura de São Paulo foi procurada, por telefonemas e e-mail, para se pronunciar oficialmente a respeito do projeto, mas não respondeu até o fechamento da reportagem.

Texto extraído do site do Instituto de Engenharia.
http://www.ie.org.br/site/noticias/exibe/id_sessao/4/id_noticia/8724/Haddad-prepara-projeto-para-enterrar-fia%C3%A7%C3%A3o-el%C3%A9trica-de-S%C3%A3o-Paulo

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Sais de Marte tocam o gelo e produzem água líquida - Inovação Tecnológica

Com informações da Umich - 22/08/2014

As intrigantes gotas nas pernas da sonda marciana Phoenix, em 2008.[Imagem: NASA]
Não importa a temperatura congelante de Marte: pequenas quantidades de água líquida podem se formar no planeta vermelho.
É o que comprova uma pesquisa coordenada pelo brasileiro Nilton Rennó, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, depois de simulações em câmaras que imitam as condições de Marte.
A água líquida é um ingrediente essencial para a vida como a conhecemos e Marte é um dos poucos lugares no sistema solar onde os cientistas viram sinais promissores da sua existência.
As experiências são as primeiras a testar teorias sobre a formação de água em um clima tão frio como o de Marte - até agora, ninguém detectou diretamente água líquida em nenhum lugar além da Terra.
Sais de Marte
Os pesquisadores descobriram que um tipo de sal presente no solo marciano pode, em questão de minutos, derreter o gelo com o qual entra em contato - exatamente o mesmo efeito dos sais usados para descongelar estradas e ruas durante o inverno em locais frios.
Alguns cientistas sugerem que este sal marciano forme água líquida sugando o vapor do ar, através de um processo chamado deliquescência.
Em 2008, Nilton Rennó foi o primeiro a notar estranhos glóbulos nas fotos enviadas pela Phoenix. Por várias semanas, os glóbulos pareciam crescer e se aglutinar. Enquanto ele acreditava que eram gotículas de água e sugeria que sais na superfície de planetas poderiam formá-la, muitos de seus colegas discordaram. Afinal, sais ainda não haviam sido encontrados em Marte.
Entre os sais que a Phoenix detectou estava o perclorato de cálcio, uma mistura de cálcio, cloro e oxigênio, que se encontra em lugares áridos como o Deserto do Atacama, no Chile. Anos mais tarde, o robô Curiosity encontrou o mesmo material em outro lugar de Marte, em uma região tropical.
Agora os cientistas acreditam que este e outros sais estão espalhados em toda a superfície do planeta.
Erik Fischer ajusta a Câmara Atmosférica de Marte, usando nitrogênio líquido para resfriá-la. [Imagem: Joseph Xu]
Produzindo água líquida em Marte
O que a equipe de Rennó fez agora foi recriar em laboratório as condições locais de aterragem da Phoenix, utilizando cilindros metálicos, com 60 centímetros de altura e 1,5 metro de comprimento.
As temperaturas nas câmaras variam de -120 a -20º C, como no fim da primavera e início do verão em Marte. A umidade relativa do ar variou, mas durante a maioria dos experimentos, foi ajustada em 100%.
Foram testados dois cenários: perclorato isoladamente e perclorato sobre água congelada.
Nos experimentos somente com perclorato, foram colocadas camadas com uma espessura de um milímetro de sal, em um prato com a temperatura equivalente à do solo de Marte. Mesmo depois de três horas, não se formou água líquida, mostrando que a deliquescência não estava ocorrendo e é provável que não seja um processo significativo em Marte.
Contudo, quando os pesquisadores colocaram perclorato de cálcio ou solo salgado diretamente na camada de gelo, de 3 milímetros de espessura, as gotas de água líquida formaram-se em poucos minutos, assim que as câmaras alcançaram -73º C.
Esta simulação representou bem as condições observadas no local de aterragem da Phoenix.
"O que é mais emocionante para mim é saber que agora posso compreender como as gotas de água se formaram na perna da espaçonave," disse Nilton Rennó, referindo-se a gotículas flagradas nas pernas da sonda Phoenix, da NASA.
Ele acredita que o impacto do pouso da sonda no solo marciano expôs o gelo, derreteu-o e formou aquela salmoura que espirrou na perna da nave, que aterrissou na região polar norte. Os sais permitiram que as gotas permanecessem líquidas. Rennó diz que sua existência e estabilidade mostraram aos cientistas um ciclo, que não necessariamente precisa da ajuda de uma espaçonave terrestre, podendo ocorrer por outros processos.
Ciclo marciano da água
Os resultados sugerem que pequenas quantidades de água líquida podem existir em uma grande área da superfície de Marte e em uma subsuperfície rasa, das regiões polares até regiões com latitudes médias, durante várias horas do dia na primavera e no início do verão.
Tal ciclo poderia formar correntes de água, diz Rennó, que fluem, congelam, descongelam e fluem de novo - a água pode se formar somente abaixo da superfície.
Rennó afirma que a água não precisa necessariamente ficar líquida indefinidamente para que possa suportar a vida microbiana no presente ou no passado.
"Marte é o planeta do nosso sistema solar mais semelhante à Terra. Estudos sugerem que Marte era ainda mais parecido com a Terra no passado, com água fluindo em sua superfície. Ao estudar a formação de água líquida em Marte, podemos saber mais sobre as possibilidades de vida fora da Terra e procurar recursos para missões futuras," acrescentou Erik Fischer, principal autor do trabalho.
Bibliografia:

Experimental evidence for the formation of liquid saline water on Mars
Erik Fischer, Germán M. Martínez, Harvey M. Elliott, Nilton O. Rennó
Geophysical Research Letters
Vol.: 41, Issue 13, pages 4456-4462
DOI: 10.1002/2014GL060302

Texto e imagens extraídos do site Inovação tecnológica.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=sais-marte-tocam-gelo-produzem-agua-liquida&id=010130140822#.U_3x9fldVu4

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Projeto ecológico valoriza a profissão de catador de lixo ao criar carro elétrico para a coleta - Hypeness

por Vicente Carvalho


Em 2012 postamos aqui no Hypeness um projeto que estava começando, mas que hoje já tem grande visibilidade, o Pimp my Carroça. A partir desse projeto, os catadores começaram a ganhar mais respeito e as pessoas já entendem melhor sobre o trabalho fundamental do catador de materiais recicláveis.
Mais uma coisa não mudou: o peso da carroça ainda é o mesmo, e pela tração ser feita pelo catador, esse torna-se um problema quando pensamos na saúde do profissional e, ainda, no rendimento de trabalho.
Em São Bernardo do Campo, a ONG ECOlmeia é formada por um grupo de voluntários focados na valorização humana, solidariedade e preservação ambiental, e uma de suas iniciativas é buscar melhorias para a mobilidade dos catadores de lixo das grandes cidades com o Programa Eco Recicla, que consiste na fabricação de um carrinho elétrico de coleta seletiva, valorizando a atividade do catador como agente de transformação ambiental e promovendo o fim da tração humana nesta atividade (além do fator não poluente).
O carrinho tem um motor elétrico projetado para bicicletas, mas com redutor de velocidade e sistema hidráulico de freios. Além das melhorias físicas, o programa propõe melhorias para as condições de trabalho dos catadores, garantindo qualificação e capacitação e ainda direitos trabalhistas básicos, desde seguro para acidentes, reconhecimento legal da atividade, convênio médico e outros benefícios.


O programa está buscando financiamento coletivo para fazer acontecer, e você pode ajudar.

Texto e imagens extraídos do site Hypeness.
http://www.hypeness.com.br/2014/08/projeto-cria-carro-eletrico-para-catadores-de-lixo/

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Refrigeração magnética gela à distância - Inovação Tecnológica

Com informações do MIT - 14/08/2014

Além de momentos magnéticos, as quasipartículas chamadas magnons também transportam calor. [Imagem: Jose-Luis Olivares/MIT]
Frio à distância
Que tal esfriar as coisas à distância? - Sua cerveja ou seu notebook, por exemplo.
Ainda não dá para falar em um "raio congelante", mas físicos do MIT, nos Estados Unidos, descobriram que pode ser possível usar ímãs como "agentes de refrigeração".
Por enquanto é só uma teoria, mas uma teoria embasada em fenômenos bem conhecidos e testados.
Bolin Liao e seus colegas conseguiram descrever o movimento dos magnons, quasipartículas presentes em ímãs que podem ser entendidas como excitações coletivas dos momentos magnéticos, ou "spins", de um material.
Recentemente os magnons foram explorados para construir um componente capaz de armazenar e processar dados. Já há indícios também dos eletromagnos, a conexão que faltava entre o "eletro" e o "magnetismo".
Ocorre que, além dos momentos magnéticos, os magnons também transportam calor.
Refrigeração sem fios
Olhando detalhadamente as equações que descrevem esses fenômenos, Liao descobriu que, quando expostos a um gradiente magnético, os magnons podem se movimentar de uma extremidade de um ímã para outra, levando com eles o calor, gerando um efeito de arrefecimento.
"Você pode bombear o calor de um lado para o outro, de modo que você pode, essencialmente, usar um ímã como refrigerador," disse Liao. "Você pode imaginar um resfriamento sem fios, onde você aplica um campo magnético a um ímã a um ou dois metros de distância, digamos, para esfriar o seu laptop."
Em teoria, ressalta Liao, essa geladeira alimentada magneticamente não exigiria partes móveis.
Agora é só esperar enquanto os experimentalistas interpretam as equações para transformá-las em experimentos práticos.
Magnons
Em muitos aspectos, os magnons são semelhantes aos elétrons, podendo transportar simultaneamente cargas elétricas e calor.
Os elétrons movem-se em resposta, ou a um campo elétrico, ou a um gradiente de temperatura - um fenômeno conhecido como efeito termoelétrico.
Os pesquisadores vêm tentando transformar esse efeito em aplicações práticas, como geradores termoelétricos, que podem ser utilizados para converter calor diretamente em eletricidade, ou para viabilizar as geladeiras de estado sólido.
Liao e seus colegas revelaram um fenômeno similar "acoplado" nos magnons, que se movem em resposta a gradientes de temperatura ou a um campo magnético.
Como, nesse aspecto, os magnons se comportam como os elétrons, os pesquisadores desenvolveram uma teoria de transporte de magnons com base em uma equação amplamente estabelecida para o transporte de elétrons em materiais termoelétricos, chamada de equação de transporte de Boltzmann.
Bibliografia:

Generalized Two-Temperature Model for Coupled Phonon-Magnon Diffusion
Bolin Liao, Jiawei Zhou, Gang Chen
Physical Review Letters
Vol.: 113, 025902
DOI: 10.1103/PhysRevLett.113.025902

Texto e imagem extraídos do site Inovação tecnológica.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=refrigeracao-magnetica-distancia&id=010170140814

domingo, 24 de agosto de 2014

Cientistas descobrem como os egípcios moveram pedras gigantes para formar as pirâmides - GIZMODO

Por: 


sábado, 23 de agosto de 2014

Bienal de Veneza 2014: "Grafting Architecture" por Josep Torrents i Alegre - Archdaily

22 AGO 2014
por Nicolás ValenciaTraduzido por Arthur StofellaNotícias Notícias de Arquitetura Bienal de Venecia 2014 Josep Torrents i Alegre Cataluña grafting eventos colaterales España Josep Maria Jujol

© Pati Núñez
Entre os destaques da edição de 2014 da Bienal de Arquitetura de Veneza, a Catalunha retornou ao evento internacional através dos eventos paralelos com Arquitectures Empeltades/Grafting Architecture. O projeto, promovido pelo Instituto Ramon Llull, teve curadoria de Josep Torrents i Alegre, com Carabí Bescós e Jordi Ribas Boldúm como curadores assistentes.
A mostra, aberta a todo o público até o dia 23 de novembro, traz um total de 16 trabalhos que demonstram a mudança de paradigma que está tomando forma na arquitetura catalã contemporânea, exemplificando uma maneira de realizar as coisas que atualiza uma tradição viva e projeta o futuro.
© Pati Núñez
GRAFTING

grafting ("enxertar") é um processo que envolve a inserção de partes de uma árvore com um ou mais brotos no ramo ou tronco de outra, formando um vínculo permanente entre ambas. Assim, o produtor enxerta uma haste da variedade de uva desejada no rizoma de outra; a qualidade das uvas seguintes e a excelência do vinho resultam da união correta entre enxerto e planta original. Na arquitetura podemos identificar uma série de processos que tem uma forte semelhança com este processo botânico.

As estruturas pré-existentes, sejam físicas ou de outra forma, são enxertadas com o novo propósito, gerando uma edificação que reúne e funde harmoniosamente as características do que já existe no novo. De fato, podemos encontrar esta arquitetura enxertada através dos séculos em um grande número de exemplos. No entanto, neste último quarto do século 20 e meados do século 21, deparamo-nos com um grande número de projetos na arquitetura catalã nos quais as propostas de diferentes tipos e escalas atingem resultados brilhantes.

grafiting transmite a ideia de um novo organismo que combina os pontos fortes de seus componentes originais e é mais vigorosa que qualquer outro por si só: uma ideia de renovação e crescimento. A arquitetura grafting fala de uma atitude contemporânea compartilhada no decorrer do tempo em muitos projetos e arquitetos, onde cada edifício é compreendido em si mesmo através de sua singularidade, enriquecendo notavelmente o lugar em que se localiza.

© Pati Núñez
A EXPOSIÇÃO
© Pati Núñez

O ponto de partida da arquitetura grafting é a restauração da Casa Bofarull (1913-1933), uma das peças-chave de Josep Maria Jujol (1879-1949). Na obra do arquiteto podemos identificar uma atitude que pode ser identificada através de vários projetos construídos no final do século, os quais se baseiam em um diálogo intenso com características pré-existentes (físicas e outras) que estabelecem um projeto incluindo e mesclando elementos novos e os já existentes a serem desenvolvidos, tal como mudas que são enxertadas em árvores.

O projeto, a construção e o uso são combinados com o intuito de materializar uma arquitetura gerada igualmente pelo universo pessoal do arquiteto e os estímulos e sugestões oferecidas pela região Camp de Tarragona. 

Hoje encontramos este processo bem documentado graças a coleção de mais de cem desenhos conservados no Arxiu Jujol: estes cobrem um espaço cronológico que se inicia com um dos primeiros desenhos mostrados em estado original da habitação em 1913 e conclui com os últimos desenhos identificando as soluções de piso que Jujol empregaria no foyer da habitação em 1933. O fio condutor da proposta é a descrição dos projetos diferentes através do processo arquitetônico e a percepção seguinte da edificação resultante. Estes projetos entendem-se a si mesmos através de sua singularidade e não como a arquitetura que faz parte de um movimento. 

A INAUGURAÇÃO
© Pati Núñez
Na inauguração oficial da mostra em meados de junho estiveram presentes os secretários catalãos da Cultura e do Território e Sustentabilidade, Ferran Mascarell e Santi Vila; a diretora de Divulgação de Setores Culturais do Insituto de Cultura de Barcelona, Llucià Homs; o diretor de IRL, Àlex Susanna; e o organizador, Josep Torrents i Alegre.
O secretário de Cultura, Ferran Mascarell, comentou que "a arquitetura tem sido um dos elementos fundamentais da cultura catalã ao longo dos últimos séculos, o que lhe dá uma continuidade que pode ser reconhecida nesta exibição. Ela presta homenagem a um certo modo de fazer as coisas, de enxertar um novo projeto em uma arquitetura pré-existente, rompendo com o modelo em que o arquiteto deve começar a partir de um rascunho inicial".
A diretora de Divulgação de Setores Culturais do Insituto de Cultura de Barcelona, Llucià Homs, comentou que "entendemos que Barcelona atua como uma capital e, portanto, atrai uma parte significativa de cultura do país todo. É precisamente por isso que consideramos que uma exposição arquitetônica como esta é um impulso para os interesses de nossa cidade e de sua história alavancado por alguns de seus arquitetos do passado e do presente."
O curador, Josep Torrents i Alegre, explicou que "nesta exposição demonstramos diferentes dimensões de riqueza: riqueza de arquitetos, riqueza de projetos e riqueza de atitudes. Estamos mostrando que a arquitetura catalã está muito viva e que nossos arquitetos estão bem enraizados em cada realidade e em cada território. Rejeitar ideias padronizadas que fazem com que muitas ruas pareçam exatamente iguais". Neste sentido, Torrents aponta que "cada arquitetura que estamos mostrando em Veneza tem uma intensa relação com o território e cultura de cada lugar".
© Pati Núñez


© Pati Núñez
EDIFíCIOS SELECCIONADOS
Restauração da Casa Bofarull1913-1933, Josep Maria Jujol, em Els Pallaresos

Apartamentos no ático de La Pedrera1953-1955, Francisco Juan Barba Corsini, em Barcelona

Restauração da Igreja de L'Hospitalet1981-1984, José Antonio Martínez Lapeña e Elías Torres Tur, em Ibiza

Escola La Llauna1984-1986, Carme Pinós e Enric Miralles, em Badalona

Caldereria Petita House, restauração de uma habitação anexa2001-2002, Calderon - Folch- Sarsanedas Arquitectes, em Gelida

Museu Can Framis2007-2009, Jordi Badia, BAAS Arquitectura, em Barcelona

Espaço Teatro Público La Lira2004-2011, RCR Arquitectes (Rafael Aranda, Carme Pigem e Ramon Vilalta), e Joan Puigcorbé, em Ripoll

Apartamento Juan2011, Vora arquitectura (Pere Buil y Toni Riba) em Barcelona

Auditório da Igreja Sant Francesc2003-2011, David Closes, em Santpedor

Três estações da linha 9 do Metrô de Barcelona: Amadeu Torner, Parc Logístic e Mercabarna2008-2011, Garcés - De Seta - Bonet Arquitectes (Jordi Garcés, Daria de Seta e Anna Bonet), e Ingeniería Tec-4 (Ferran Casanovas, Antonio Santiago e Felipe Limongi), em Barcelona.

Transmitter Space for the Megalithic Tumulus/Dolmen2007-2013, Toni Gironès, em Seró.

Can Zariquiey – Centro de Saúde Arenys de Munt2006-2013, Josep Miàs, Josep Miàs Arquitectes, en Arenys de Munt

Centro Cultural Casal Balaguer1996-en proceso, Flores&Prats Arquitectes (Eva Prats e Ricardo Flores), e Duch-Pizá Arquitectos (M. José Duch e Francisco Pizá), em Palma.

Restauração paisagística de Vall d'en Joan2002-em processo, Enric Batlle, Joan Roig e Teresa Galí, em Parque Natural Garraf

Torre de 94 habitações públicas2012-em processo, Josep Llinàs, em L’Hospitalet de Llobregat

Projeto para revitalizar o Distrito Al-Adhamiyah2012-em processo, AV62 Arquitectos (Victòria Garriga e Toño Foraster), e Pedro García del Barrio e Pedro Azara, em Baghdad.
© Pati Núñez
Texto e imagens extraídos do site Archdaily.
http://www.archdaily.com.br/br/625888/bienal-de-veneza-2014-grafting-architecture-por-josep-torrents-i-alegre


NASA testa avião a diesel-elétrico com 10 motores - Instituto de Engenharia

POR INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Publicado em 21 de agosto de 2014
O GL-10 é um avião do tipo VTOL (Vertical Takeoff and Landing, aterragem e pouso verticais).[Imagem: NASA Langley/David C. Bowman]


A NASA apresentou a última versão de um conceito que vem sendo desenvolvido ao longo de vários anos. 


Trata-se de um drone - ou VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) - que inicialmente impressiona pelo número de motores, 10 no total. 



Mas a maior surpresa fica bem escondida dentro da fuselagem do avião, que se chama Grease Lightning 10, uma junção dos termos em inglês para gordura e relâmpago, respectivamente. 



Os 10 motores são elétricos, o que é comum nos VANTs tipo cóptero. 



Em lugar de baterias, contudo, o Grease Lightning tem dois motores a diesel de 8 hp cada um, alimentados por óleo de fritura (a gordura), responsáveis por gerar eletricidade (o "relâmpago"), que então alimenta os 10 motores. 


Há também pequenas baterias auxiliares para emergências dentro das naceles de cada motor. 

Dois minúsculos motores diesel geram eletricidade para alimentar os 10 motores elétricos. [Imagem: William J. Fredericks et al.] 


Pouso e decolagem verticais 



O GL-10 é um avião do tipo VTOL (Vertical Takeoff and Landing, aterragem e pouso verticais). 



A ideia original era manter fixos os motores internos de cada asa, mas apenas quatro deles não conseguiram erguer todo o peso da aeronave. 



Para a decolagem e pouso, as asas e a cauda apontam para cima e as 10 hélices fazem com que o avião ascenda como um helicóptero. Uma vez no ar, as asas e a cauda voltam à horizontal para um voo típico de um avião, com a diferença de que as duas hélices traseiras aumentam a manobrabilidade do GL-10. 



Os primeiros testes foram feitos com o protótipo de 3 metros de envergadura ancorado em um cabo. Os primeiros voos livres estão agendados para o final deste ano. 



Bibliografia: 

Benefits of Hybrid-Electric Propulsion to Achieve 4x Increase in Cruise Efficiency for a VTOL Aircraft 
William J. Fredericks, Mark D. Moore, Ronald C. Busan 




Texto e imagens extraídos do site Instituto de Engenharia.
http://www.iengenharia.org.br/site/noticias/exibe/id_sessao/4/id_noticia/8718/NASA-testa-avi%C3%A3o-a-diesel-el%C3%A9trico-com-10-motores