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sábado, 28 de março de 2015

Formigas biônicas testam conceitos para fábrica do futuro

Por Inovação Tecnológica

Com informações da New Scientist - 27/03/2015
Formigas biônicas testam conceitos para fábrica do futuro
[Imagem: Festo/Divulgação]
Comportamento cooperativo

Para o padrão das formigas, elas são gigantescas: do tamanho de uma mão humana.
Mas, para formigas biônicas, elas têm o tamanho certo para permitir a inserção de toda a tecnologia, nas dimensões atualmente disponíveis, necessária para fazê-las trabalhar como formigas de verdade.
Desenvolvidas pela empresa de engenharia alemã Festo, estas formigas artificiais imitam o comportamento cooperativo dos insetos reais, tomando decisões individuais envolvendo um objetivo comum.
O trabalho em equipe permite que as formigas biônicas executem tarefas complexas que não seriam capazes de realizar individualmente, como mover um objeto grande e pesado demais para uma só delas.
Formigas biônicas testam conceitos para fábrica do futuro
Formigas biônicas trabalhando em conjunto para carregar um objeto que nenhuma delas conseguiria carregar sozinha. [Imagem: Festo/Divulgação]
Piezoelétrico
Uma câmera estéreo na cabeça de cada formiga, fazendo as vezes de olhos, ajuda a determinar a sua localização e identificar objetos, que podem então ser agarrados com suas suas mandíbulas, pinças acionadas por materiais piezoelétricos.
Um sensor idêntico ao de um mouse óptico, instalado na barriga das formigas, auxilia no movimento e posicionamento. A comunicação entre os insetos, para que seja possível o comportamento coordenado, é feita por uma rede sem fios.
O corpo dos robôs é de plástico, feito em uma impressora 3D, com os circuitos eletrônicos sobrepostos. As patas também são movidas por atuadores piezoelétricos, que dão rapidez e precisão aos movimentos e usam pouca energia.
Quando as baterias recarregáveis dos insetos começam a se esgotar, elas se dirigem automaticamente para uma "cerca" em volta do tablado onde operam: cada antena se conecta a um dos fios da cerca, fazendo fluir a energia que recarrega as baterias.
Formigas biônicas testam conceitos para fábrica do futuro
A cabeça da formiga eletrônica, sem o "capacete", para mostrar seus circuitos eletrônicos. [Imagem: Festo/Divulgação]
Agentes inteligentes
O objetivo do projeto, segundo a empresa, é a criação de agentes inteligentes que possam trabalhar de forma eficiente nas fábricas do futuro, adaptando-se a diferentes necessidades de produção.
A empresa desenvolveu também um enxame de forma de borboletas. Embora borboletas não atuem em conjunto na natureza, o comportamento cooperativo das borboletas biônicas poderia ser usado para monitorar o ambiente.
A ideia não é trocar operários por formigas e borboletas biônicas. Mas os robôs representam uma ótima bancada de testes para os softwares que serão responsáveis por fazer com que as diversas máquinas da fábrica trabalhem de forma coordenada e cooperativa.

quinta-feira, 26 de março de 2015

LEC: um LED que pode ser tecido

Por Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/03/2015

LEC: um LED que pode ser tecido
Protótipo da célula emissora de luz, ou LEC. [Imagem: Huisheng Peng]
Tecidos eletrônicos
Os e-tecidos, ou tecidos eletrônicos, prometem coisas como computadores de vestir e roupas capazes de carregar celulares e outros aparelhos portáteis.
Mas já há quem pense em telas incorporadas na própria roupa, o que tem levado ao desenvolvimento de LEDs na forma de fibras flexíveis.
A maior esperança, contudo, veio com os OLEDs, os LEDs feitos de compostos orgânicos, mas ninguém até agora conseguiu fazê-los funcionar a contento sobre fibras que possam ser usadas para tecer roupas.
LEC
Zhitao Zhang, da Universidade de Fudan, na China, criou então um novo componente, que já nasce projetado para ser tecido.
Zhang batizou o novo componente de LEC - Light Emitting electrochemical Cell, ou célula eletroquímica emissora de luz.
Cada LEC é formada por um fio muito fino recoberto com nanopartículas de óxido de zinco e, a seguir, por camadas de um polímero eletroluminescente e uma camada transparente de nanotubos de carbono.
O protótipo emite apenas nas cores azul e amarelo, mas a equipe afirma que será simples chegar ao verde e ao vermelho que viabilizariam a fabricação de telas tecidas - ou telas em tecidos.
Desafio maior será aumentar a vida útil das células emissoras de luz, porque os primeiros protótipos perdem o brilho com o uso.
Bibliografia:

A colour-tunable, weavable fibre-shaped polymer light-emitting electrochemical cell
Zhitao Zhang, Kunping Guo, Yiming Li, Xueyi Li, Guozhen Guan, Houpu Li, Yongfeng Luo, Fangyuan Zhao, Qi Zhang, Bin Wei, Qibing Pei, Huisheng Peng
Nature
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nphoton.2015.37

segunda-feira, 23 de março de 2015

Brasil constrói segunda maior câmera astronômica do mundo

Por Inovação Tecnológica

Com informações da Agência Fapesp - 23/03/2015
Brasil constrói segunda maior câmera astronômica do mundo
Projeto conceitual da JPCam. [Imagem: Fernando Santoro/J-PAS]
Câmeras astronômicas

Nos próximos meses, o Observatório Astronômico de Javalambre (OAJ), na região de Aragão, na Espanha, iniciará um mapeamento do Universo observável a partir do hemisfério Norte durante quatro anos, com o objetivo de produzir um mapa tridimensional com centenas de milhões de galáxias, compreendendo um quinto de todo o céu do planeta.
Para isso, serão utilizados dois telescópios com grande campo de visão, sendo um menor - com espelho de 80 centímetros de diâmetro e uma câmera de 85 megapixels (milhões de pixels) acoplada - e um telescópio principal, com espelho de 2,5 metros de diâmetro, equipado com uma câmera de 1,2 gigapixel (bilhão de pixels), com capacidade de produzir imagens em 59 cores de cada estrela, galáxia, quasar, supernova e objeto do sistema solar observado.
Batizada de JPCam, a câmera óptica de 1,2 gigapixel será a segunda maior no mundo para uso em astronomia.
E uma grande equipe de pesquisadores brasileiros está diretamente envolvida no projeto e construção da JPCam.
Brasil constrói segunda maior câmera astronômica do mundo
Subsistema contendo os sensores CCD de captura das imagens. [Imagem: e2v]
JPCam
Tanto a JPCam como a câmera de 85 megapixels estão sendo construídas com a participação de pesquisadores brasileiros no âmbito do projeto "O Universo em 3D: astrofísica com grandes levantamentos de galáxias", apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
O observatório e os telescópios foram financiados pelo governo da Espanha, e o Brasil se responsabilizou pela construção das câmeras.
Os pesquisadores brasileiros são responsáveis pela parte mecânica da câmera, incluindo um dispositivo que controlará a entrada de luz e as bandejas de filtros de imagem de 14 detectores. O subsistema óptico do instrumento será construído por uma empresa inglesa contratada pela colaboração astronômica, que tem a participação de universidades e instituições de pesquisa do Brasil e da Espanha.
"A JPCam possibilitará produzir imagens em 59 cores de quase cada pixel do céu observado, o que é algo absolutamente novo", explica Laerte Sodré Júnior, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) e coordenador do projeto.
"Existem instrumentos astronômicos que fazem isso, mas em uma região minúscula do céu e não com a quantidade de filtros de imagem que a JPCam terá. Com isso, será possível abrir uma nova janela na Astronomia", disse Sodré.
Brasil constrói segunda maior câmera astronômica do mundo
Sistema para inserção dos filtros sobre os sensores, para captura de diversos comprimentos de onda. [Imagem: K.Taylor et al. (2013)]
Cerro Tololo
Outro grupo de pesquisadores do IAG-USP, em colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Observatório Nacional (ON) e o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), está desenvolvendo outra câmera de 85 megapixels que será acoplada a um novo telescópio, com espelho de 87 centímetros de diâmetro, que está sendo instalado no Observatório Internacional de Cerro Tololo, no Chile.
O telescópio de Cerro Tololo mapeará durante três a quatro anos o Universo observável no hemisfério Sul e completará as observações realizadas pelo telescópio menor do Observatório Astronômico de Javalambre.
Com isso, será possível observar mais um sétimo de todo o céu, cobrindo toda a região visível do espectro eletromagnético.
Maiores câmeras de telescópios
A maior câmera astronômica em operação tem 1,4 gigapixel e está instalada no telescópio Pan-STARRS (Panoramic Survey Telescope and Rapid Response System), da Universidade do Havaí.
Há uma câmera ainda maior em construção, com capacidade de 3,2 gigapixels, que será utilizada no LSST (Large Synoptic Survey Telescope), mas com previsão para entrar em operação em 2022, no Chile.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Objetos emergem do líquido em impressão 3D futurística

Por Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/03/2015

Sólidos emergem do líquido em nova técnica de impressão 3D
Note o braço da impressora, que vai se erguendo e "tirando" o objeto já formado do tanque de matéria-prima - este objeto complexo foi fabricado em 6,5 minutos. [Imagem: Carbon3D]
Impressão 3D sem camadas

A impressão 3D mostrou-se tão promissora que, chamada em seu berço de "prototipagem rápida", cresceu velozmente para "manufatura aditiva".
Agora a tecnologia deu o passo que não parecia faltar.
A equipe do professor Joseph DeSimone, da Universidade da Carolina do Norte, apresentou seu protótipo de um novo sistema de impressão 3D super rápido, no qual o objeto emerge aos poucos, pronto e sem gradações, de dentro de um líquido.
Em lugar de um bico depositando camadas sucessivas de material, de baixo para cima, a nova impressora é formada por um tanque com a matéria-prima, em estado líquido, e uma plataforma que vai se elevando lentamente, com o objeto ficando pronto de cima para baixo, emergindo conforme o líquido se solidifica com grande precisão.
Além da rapidez e precisão muito maiores, a nova técnica elimina a fraqueza estrutural dos objetos impressos porque não há camadas sobrepostas, uma vez que o líquido vai-se solidificando continuamente.
Produção contínua em meio líquido
A nova técnica foi batizada de CLIP, sigla para Continuous Liquid Interface Production - produção contínua em interface líquida.
O material usado para construir os objetos 3D é uma espécie de resina que endurece quando atingida por luz ultravioleta - um processo chamado fotopolimerização.
A grande inovação da equipe foi criar um mecanismo que controla o processo de fotopolimerização para que o objeto possa ser construído sem que o tanque de resina inteiro endureça. Para isso eles usam oxigênio, que inibe o processo de endurecimento.
A parte inferior do tanque contém uma membrana transparente e permeável ao oxigênio, parecida com uma lente de contato, só que muito maior. O programa da impressora vai projetando as imagens do objeto sobre a membrana, em sequência contínua e suave, virtualmente sem gradações, evitando a formação das camadas típicas das impressoras 3D atuais.
Ao mesmo tempo, o programa controla o fluxo de oxigênio através da membrana, criando uma "zona morta", uma fina camada de resina não curada entre a membrana e o objeto que se forma.
Sólidos emergem do líquido em nova técnica de impressão 3D
A imagem do objeto é projetada por baixo do tanque. [Imagem: Carbon3D]
Calçados e peças automotivas
Segundo a equipe, a técnica funciona com vários materiais: "Nós podemos usar toda a família de polímeros para atender as exigências de aplicações altamente específicas. Os elastômeros, por exemplo, atendem a uma ampla gama de necessidades, da elevada elasticidade necessária para calçados para atletas até a força e a resistência à temperatura necessária para peças automotivas".
Dependendo do material, a técnica CLIP pode ser de 25 a 100 vezes mais rápida do que uma impressora 3D tradicional.
A equipe fundou sua empresa, a Carbon3D, e já conseguiu cerca de US$40 milhões em capital de risco de investidores para colocar sua impressora no mercado.
Bibliografia:

Continuous liquid interface production of 3D objects
John R. Tumbleston, David Shirvanyants, Nikita Ermoshkin, Rima Janusziewicz, Ashley R. Johnson, David Kelly, Kai Chen, Robert Pinschmidt, Jason P. Rolland, Alexander Ermoshkin, Edward T. Samulski, Joseph M. DeSimone
Science
Vol.: Published Online
DOI: 10.1126/science.aaa2397

terça-feira, 17 de março de 2015

Brasileira descobre material "além da nossa imaginação"

Por Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/03/2015

Cálice sagrado dos materiais vai
[Imagem: W. Beugeling et al. - 10.1038/ncomms7316]

Cálice sagrado dos materiais
Uma pesquisadora brasileira, atualmente professora da Universidade de Utrecht, na Holanda, está por trás daquela que pode ser uma das maiores descobertas recentes no campo da ciência dos materiais.
Cristiane Morais Smith e seus colegas projetaram um material que combina as propriedades eletrônicas excepcionais do grafeno com as exatas capacidades que faltam ao grafeno em temperatura ambiente e que poderiam permitir seu uso em uma nova geração de equipamentos eletrônicos.
"Se conseguirmos sintetizar esse 'cálice sagrado' dos materiais e ele apresentar as propriedades calculadas teoricamente, vai-se abrir um novo campo de pesquisas e aplicações muito além da nossa imaginação," disse Cristiane.
Melhor que grafeno
grafeno, que já dispensa apresentações, é uma forma de carbono na qual os átomos são conectados em uma estrutura parecida com favos de mel.
Esse novo "cálice sagrado" dos materiais tem a mesma estrutura, mas é formado por nanocristais de mercúrio e telúrio - tecnicamente ele é um telurato de mercúrio.
Os cálculos da equipe mostram que esse material tem as propriedades eletrônicas do grafeno, mas é um semicondutor a temperatura ambiente, o que permite que ele seja usado como um transístor - justamente a grande dificuldade para que a tecnologia atual usufrua dos muitos benefícios do grafeno.
Mais do que isso, o novo material preenche todos os requisitos necessários para a spintrônica, que une processamento e memória no mesmo componente, porque ele apresenta o efeito chamado "Hall de spin" a temperatura ambiente. Esse efeito está sendo usado, em temperaturas ainda muito baixas, tanto em spintrônica, quanto em computação quântica. O grafeno não apresenta o efeito Hall de spin nem mesmo em temperaturas criogênicas.
A expectativa da equipe é que os experimentalistas agora consigam seguir sua receita e sintetizar o novo telurato de mercúrio para que suas propriedades possam ser aferidas na prática.
Bibliografia:

Topological states in multi-orbital ?HgTe honeycomb lattices
W. Beugeling, E. Kalesaki, C. Delerue, Y.-M. Niquet, D. Vanmaekelbergh, C. Morais Smith
Nature Communications
Vol.: 6, Article number: 6316
DOI: 10.1038/ncomms7316

segunda-feira, 16 de março de 2015

LED emite luz invisível para as plantas

Por Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/03/2015

LED emite luz invisível para as plantas
A coluna da esquerda, com as plantas no escuro, serve como referência. O novo LED induziu um mínimo de fotossíntese em relação aos LEDs brancos atuais. [Imagem: Tomohiko Nakajima et al. - 10.1039/C4TC02558J]
Iluminação e ecossistema

Um LED branco que serve para iluminação pública, mas que não atrapalha a vida das plantas.
Assim é a criação de Tomohiko Nakajima, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada, do Japão.
Para o engenheiro, "o brilho de um LED não é tudo", sendo importante verificar a qualidade da luz.
Enquanto alguns pesquisadores estejam explorando as qualidades dos LEDs como "suplementação luminosa" para as plantas, Nakajima está mais preocupado em não atrapalhar a vida do reino vegetal que está cada vez mais afetado pela iluminação artificial.
Ele começou a trabalhar no projeto depois de ter visto o estrago causado pela iluminação artificial à base de LEDs na caverna Akiyoshido, próxima a Yamaguchi, que está agora repleta de um musgo invasor que não existia lá antes.
"A iluminação humana destruiu o ecossistema original," disse ele.
Luz invisível para plantas
Nakajima criou um novo LED branco que emite luz quente (amarelada) a partir de uma superfície de fósforo dopada com o elemento de terras raras disprósio.
O novo LED interfere menos com a fotossíntese porque possui uma menor emissão de radiação na faixa do infravermelho próximo - ele essencialmente tem um espectro de luz que é invisível para as plantas.
O resultado é uma redução na fotossíntese de apenas 26% em comparação com os LEDs brancos atuais, com uma redução dramática da chamada "poluição luminosa".
Segundo Nakajima, esta nova tecnologia é importante conforme cresce o uso dos LEDs para iluminação de áreas públicas, com impacto potencial no crescimento das plantas não apenas das áreas urbanas, mas também do entorno das cidades.
Bibliografia:

Plant habitat-conscious white light-emitting devices: Dy3+-emission considerably reduces involvement in photosynthesis
Tomohiko Nakajima, Harumi Hanawaa, Tetsuo Tsuchiyaa
Journal of Materials Chemistry C
Vol.: Advance Article
DOI: 10.1039/C4TC02558J

quinta-feira, 12 de março de 2015

Palestra ministrada no IBAPE - Patologias em Alvenarias e Revestimentos Argamassados

                 Público presente                 
Assembleia Geral de Março
Público presente  
PALESTRA TÉCNICA: Patologia em Alvenarias e Revestimentos Argamassados
PALESTRANTE: Engª Cristiana Furlan Caporrino 
PALESTRA TÉCNICA: Patologia em Alvenarias e Revestimentos Argamassados
PALESTRANTE: Engª Cristiana Furlan Caporrino 
PALESTRA TÉCNICA: Patologia em Alvenarias e Revestimentos Argamassados
PALESTRANTE: Engª Cristiana Furlan Caporrino  
PALESTRA TÉCNICA: Patologia em Alvenarias e Revestimentos Argamassados
PALESTRANTE: Engª Cristiana Furlan Caporrino 
PALESTRA TÉCNICA: Patologia em Alvenarias e Revestimentos Argamassados
PALESTRANTE: Engª Cristiana Furlan Caporrino  
PALESTRA TÉCNICA: Patologia em Alvenarias e Revestimentos Argamassados
Arqª Cirlene Mendes da Silva - Vice Presidente, agradece e entrega o Certificado à palestrante Engª Cristiana Furlan Caporrino 
PALESTRA TÉCNICA: Patologia em Alvenarias e Revestimentos Argamassados
Arqª Cirlene Mendes da Silva - Vice Presidente, agradece e entrega o Certificado à palestrante Engª Cristiana Furlan Caporrino 
PALESTRA TÉCNICA: Patologia em Alvenarias e Revestimentos Argamassados
PALESTRA TÉCNICA: Patologia em Alvenarias e Revestimentos Argamassados 

sexta-feira, 6 de março de 2015

Ecocimento promete casas construídas por bactérias

Por Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/03/2015

Ecocimento: Casas construídas por bactérias
A massa produzida pelas bactérias é misturada com areia e cinza de palha de arroz para produzir o ecocimento. [Imagem: Eco-Cement Project]
Biocimento

Você gostaria de morar em uma casa construída por bactérias?
Calma, as bactérias não estarão mais vivas quando você entrar na sua nova casa.
Engenheiros europeus desenvolveram uma nova tecnologia para fabricar biocimento cuja grande estrela é um tipo comum de bactéria que vive no solo (Sporosarcina pasteurii), que é cultivada em uma mistura de ureia e nutrientes a uma temperatura de 30º C.
"Dentro dessa mistura, a bactéria começa a se desenvolver; elas basicamente aumentam de número. A bactéria precisa alcançar uma certa quantidade a fim de produzir o cimento. Depois de cerca de três horas de fermentação, nossa mistura está pronta para uso," explica Piero Tiano, líder do projeto Eco-Cement, financiado pela União Europeia.
Na verdade, antes de poder ser usado para fazer paredes, a mistura produzida pela bactérias precisa ser misturada com areia, resíduos de cimento industrial reaproveitado e cinzas de casca de arroz, para então virar o ecocimento pronto para ser aplicado sobre os tijolos.
"Nossas matérias-primas são praticamente todas rejeitos. Assim, nós não temos custos adicionais. Por exemplo, nós não precisamos explorar e transportar o calcário normalmente usado para fabricar cimento. E nós também não temos os custos de energia," acrescenta Laura Sánchez Alonso, que também faz parte da equipe.
Ecocimento: Casas construídas por bactérias
O ecocimento mostrou-se adequado para a construção de paredes com tijolos, mas não para substituir o concreto. [Imagem: Eco-Cement Project]
Cimento de bactérias
A transformação do calcário em cimento é feita em processos industriais que exigem temperaturas de 1.400 a 1.500º C. Já o biocimento feito pelas bactérias é produzido a meros 30º C.
Isto é possível porque a técnica usa um processo biológico para ligar as partículas do cimento.
Os testes iniciais em pequena escala foram promissores, sendo o ecocimento adequado para a construção de paredes, mas não forte o suficiente para substituir o concreto tradicional.
Agora a equipe está trabalhando para tornar a bactéria mais eficiente e mais produtiva para que o biocimento possa ser produzido em maior escala.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Drones e VANTs: O que é permitido e proibido no Brasil

Por Inovação Tecnológica

Com informações da EBC e DECEA - 27/02/2015
Legislação sobre drones e VANTs no Brasil
Se o seu drone tem uma câmera já é necessário preocupar-se com a legislação. [Imagem: Dkroetsch / Wikmedia Commons]

Legislação sobre drones e VANTs no Brasil
Cada dia mais presentes nos ares brasileiros, os drones disseminaram-se como uma modalidade de recreação para pessoas interessadas em novas tecnologias. Esses objetos voadores não tripulados também começaram a ser usados para fazer imagens aéreas e até mesmo para fazer entregas.
Como há muitas dúvidas e controvérsias sobre o uso desses equipamentos, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) da Aeronáutica divulgou o ponto de vista oficial sobre essas tecnologias e sobre quando e onde é permitido usá-las.
Antes de mais nada, é necessário esclarecer os diversos tipos desses equipamentos de voo atualmente no mercado.
Drone
O termo "drone" é apenas um nome genérico. Drone (em português: zangão, zumbido) é um apelido informal, originado nos EUA, que vem se difundindo mundo afora, para caracterizar todo e qualquer objeto voador não tripulado, seja ele de qualquer origem, característica ou propósito (profissional, recreativo, militar, comercial etc.). Ou seja, é um termo genérico, sem amparo técnico ou definição na legislação.
VANT
VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado), por outro lado, é a terminologia oficial prevista pelos órgãos reguladores brasileiros do transporte aéreo para definir este tipo de veículo.
Há, no entanto, algumas diferenças importantes. A legislação brasileira caracteriza como VANT toda aeronave projetada para operar sem piloto a bordo, mas de caráter não-recreativo e com carga útil embarcada.
Ou seja, nem todo drone pode ser considerado um VANT, já que um Veículo Aéreo Não Tripulado utilizado como hobby ou esporte enquadra-se, por definição legal, na legislação pertinente aos aeromodelos, e não na de um VANT.
ARP
Do mesmo modo, há dois tipos diferentes de VANT. O primeiro e mais conhecido é o ARP - Aeronave Remotamente Pilotada, ou RPA na sigla em inglês (Remotely-Piloted Aircraft). Nesta subcategoria, o piloto não está a bordo, mas controla a aeronave remotamente de uma interface qualquer (computador, simulador, dispositivo digital, controle remoto etc.).
A outra subcategoria de VANT é a chamada "Aeronave Autônoma" que, uma vez programada, não permite intervenção externa durante a realização do voo. No Brasil, as aeronaves autônomas têm o seu uso proibido.
Assim, o termo ARP é a terminologia correta para se referir a aeronaves remotamente pilotadas de caráter não-recreativo - um drone que deve se submeter à legislação vigente.
SARP
Há ainda a categoria SARP, ou Sistema de ARP. Assim, além da aeronave, um SARP inclui todos os recursos necessários para que ela voe: a estação de pilotagem remota, o link ou enlace de comando que possibilita o controle da aeronave, os equipamentos de apoio etc. É comum também o uso do termo em inglês RPAS (Remotely Piloted Aircraft Systems).
Legislação sobre drones e VANTs no Brasil
Drone em voo de teste para entrega de encomendas. [Imagem: DECEA/Getty Images]
Regras para aeromodelos e drones
No Brasil, os drones - o termo genérico - são classificados e regulamentados conforme seu propósito de uso. Se for para lazer, esporte, hobby ou competição, o equipamento é visto como um aeromodelo. Pode ser tanto um mini-helicóptero, uma réplica de um jato ou até mesmo um helicóptero de várias hélices - os mais comuns são os quadricópteros.
Contudo, se o uso do mesmo drone for para outras finalidades (pesquisa, experimentos, comércio ou serviços - de fotografia, por exemplo), o aparelho passa a ser entendido como um veículo aéreo não tripulado (VANT) desde que possua uma carga útil embarcada não necessária para o equipamento voar. Exemplos dessa carga útil são as câmeras acopladas para tomadas aéreas de filmes ou quando alguém embarca uma correspondência para entrega, seja uma carta ou uma pizza.
Da mesma forma que as demais aeronaves de aeromodelismo, não há impedimento para a compra, limitação de potência e tamanho do drone.
Mas há regras da Aeronáutica para o uso de aeromodelos, que então se aplicam automaticamente aos drones:
  • aeromodelos não podem ficar em áreas densamente povoadas ou perto de multidões;
  • somente pode existir público se houver segurança no voo. Se você for piloto de primeira viagem, nada de convidar plateia por uma questões de segurança;
  • não pilotar em áreas próximas a aeródromos sem autorização; e
  • não atingir altura superior a 121,92 metros (400 pés) da superfície terrestre.
Legislação sobre drones e VANTs no Brasil
VANT utilizado pela Força Aérea Brasileira. [Imagem: FAV/Divulgação]
Como obter autorização para uso de VANT/ARP?
Recapitulando, se o drone não for usado para recreação, ele é um VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) e, uma vez que é controlado remotamente durante o voo, passa a ser denominado ARP (Aeronave Remotamente Pilotada).
Então, se você for fazer a filmagem de um casamento, quiser entregar algum produto ou exibir uma faixa de protesto durante uma manifestação, é preciso fazer uma solicitação formal de uso específico para a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).
Os ARPs são regulamentados por uma Circular de Informações Aeronáuticas (AIC) que determina que o interessado encaminhe uma solicitação de autorização de voo com 15 dias de antecedência, com uma série de informações (características da aeronave, trajeto do voo, capacidade de comunicação etc).
Normalmente os VANTs são utilizados em pesquisa. Existem universidades, por exemplo, que utilizam o equipamento para fazer mapeamento de terreno, pesquisa das condições atmosféricas, entre outros. Nesses casos, existe uma autorização própria chamada de Certificado de Autorização de Voo Experimental (CAVE).
Além da autorização de uso do equipamento junto à ANAC, os pilotos precisam pedir liberação de voo aos órgãos regionais do DECEA (Cindacta I, Cindacta II, Cindacta III, Cindacta IV, SRPV-SP), assim como é feito no caso de aeronaves tripuladas.
Legislação sobre drones e VANTs no Brasil
APOENA 1000: VANT desenvolvido na USP para monitoração de desmatamento. [Imagem: USP/Divulgação]
Uso comercial dos drones
Não há ainda uma regulamentação específica sobre o uso comercial de drones no Brasil. O tema será regulado pela ANAC após audiência pública e análises técnicas.
Mesmo assim, já é possível encontrar exemplos de usos comerciais no Brasil, como a gravação de minisséries ou de reportagens especiais. Contudo, o uso para fins comerciais depende de solicitações individuais que são analisadas caso a caso pela ANAC com cópia para o Departamento de Controle do Espaço Aéreo da Aeronáutica (DECEA).
Legislação brasileira para o uso de drones
Para veículos aéreos não tripulados e pilotados remotamente (Vant/ARP) que possuam carga útil (algum material além do drone) e para fins não-recreativos, confira a Circular da Aeronáutica AIC 21/10.
Para drones recreativos (brinquedos), de competição, por hobby ou lazer, acesse a Portaria DAC 207.