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domingo, 28 de dezembro de 2014

Maior estacionamento vertical do mundo

Por Gigantes do Mundo


Volkswagen AG stand parked são edifícios garagem automatizados, considerado o maior estacionamento vertical do mundo, localizados na Autostadt Volkswagen, em Wolfsburg, Alemanha. 


Maior estacionamento vertical do mundo


A Autostadt ( cidade dos automóveis, em português), é um centro de visitantes localizado ao lado da fábrica da Volkswagen, na cidade de Wolfsburg, com toda estrutura e foco principal nos automóveis. 


Maior estacionamento vertical do mundo


O local concentra um museu, pavilhões com os recursos e opções das principais marcas de automóveis do Grupo Volkswagen, um centro onde os clientes pegam seus carros novos, e o tour pela enorme fábrica. 


Maior estacionamento vertical do mundo


Mas a principal atração da Autostadt são as duas torres de estacionamento, construídas com vidro e aço galvanizado, onde os carros são guardados automaticamente após a fabricação e depois entregues aos seus proprietários. 


Maior estacionamento vertical do mundo


Cada uma das duas torres, que abriga 400 automóveis, tem 60 metros de altura e estão ligadas à fábrica da Volkswagen por um túnel subterrâneo de 700 metros, onde os carros se deslocam automaticamente. 


Maior estacionamento vertical do mundo


Um sistema de correia transportadora direciona os carros acabados da fábrica até a base das torres. Depois são levantados, cada um para sua baia através de braços mecânicos que giram ao longo de uma viga central. 


Maior estacionamento vertical do mundo


As torres estacionamento vertical do mundo podem ser visitadas através de um elevador panorâmico de vidro, que se eleva até uma plataforma de observação no vigésimo andar, que oferece uma visão interna do edifício garagem e da fábrica. 


Maior estacionamento vertical do mundo


Quando um cliente compra um carro da Autostadt, ele é transportado a partir do silo para o cliente sem ter rodado um único metro, literalmente um “carro zero quilômetro”. 

Códigos de barra 2D mostram imagens 3D sem usar internet

Por Inovação Tecnológica

Com informações da OSA - 23/12/2014

A geração dos códigos de barras 2D é feita por uma câmera especial, mas a leitura das imagens 3D é feita com um celular comum. [Imagem: Adam Markman - 10.1364/OPTICA.1.000332]
Códigos de resposta rápida
Os códigos de barra 2D, ou códigos de resposta rápida, presentes em produtos, lojas e até em cartões de visita, mostraram ser uma forma conveniente de acessar páginas da web específicas a partir de aparelhos portáteis.
Mas esses códigos, também chamados QR (Quick Response), podem fazer muito mais.
Adicionando um conjunto de lentes minúsculas a um smartphone comum, uma equipe de engenheiros descobriu uma maneira de apresentar imagens tridimensionais (3D) de forma segura simplesmente lendo uma série de códigos de barra 2D - sem precisar acessar a internet.
Este esquema de armazenamento e exibição de dados pode ter aplicações interessantes para o entretenimento pessoal, visualização de produtos para design e marketing e para garantir o armazenamento e transmissão de dados 3D de forma segura.
"Os códigos QR que desenvolvemos armazenam imagens comprimidas e criptografadas, que podem ser facilmente digitalizadas, decifradas e descomprimidas por smartphones comerciais para comunicação visual 3D segura," disse Bahram Javidi, da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos.
Imagens 3d em códigos QR
Atualmente, se um link para um site está armazenado no código QR, o celular conecta-se automaticamente ao site e acessa os dados lá armazenados.
"No método que propomos," continuou Javidi "nós armazenamos fatias independentes de dados nos próprios códigos QR. É possível então receber e visualizar as imagens 3D sem usar a internet."
O processo começa com a seleção da imagem principal a ser visualizada, que pode ser um único objeto 3-D, como um carro ou um utensílio doméstico, ou uma cena 3D inteira.
Imageamento integral
A imagem 3D original é subdividida em várias imagens 2D capturadas a partir de várias perspectivas. Cada imagem 2D, conhecida como "imagem elementar", é capturada a partir de uma seção de uma matriz de lentes minúsculas. A matriz de microlentes, que lembra a superfície multifacetada do olho de uma mosca, captura a cena de várias perspectivas ligeiramente deslocadas, em um processo conhecido como "imageamento integral".
Cada imagem 2D, conhecida como "imagem elementar", é capturada a partir de uma seção de uma matriz de microlentes. [Imagem: Adam Markman - 10.1364/OPTICA.1.000332]

Cada imagem elementar é então dividida em duas partes essenciais: a informação angular (a perspectiva única da sua captura a partir da cena 3D) e as informações de intensidade correspondentes, que estabelecem os tons de cinza em cada pixel. Cada imagem elementar passa a seguir por um programa que comprime, criptografa e armazena a informação na forma de um código QR.
Um celular com câmera pode então recuperar os dados lendo sequencialmente vários códigos de barras 2D, sem precisar acessar a internet. Para visualizar as imagens, contudo, o proprietário do celular deve ter a chave usada para criptografá-las.
Bibliografia:

Three-dimensional integral imaging displays using a quick-response encoded elemental image array
Adam Markman, Jingang Wang, Bahram Javidi
Optica
Vol.: 1, Issue 5, pp. 332-335
DOI: 10.1364/OPTICA.1.000332

sábado, 27 de dezembro de 2014

Robô blindado promete melhorar biópsias de câncer

Por Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/12/2014

O robô é pequeno o suficiente para caber no duto apertado da máquina de MRI e ainda deixar espaço para o paciente e para as mãos do médico. [Imagem: Worcester Polytechnic Institute]
Biópsias cegas
Uma equipe de engenheiros e médicos dos Estados Unidos começou a testar um novo robô-cirurgião capaz de operar dentro de um equipamento de ressonância magnética.
O objetivo do robô é realizar biópsias de câncer da próstata de forma mais rápida, mais precisa e menos desconfortável para o paciente.
Se passar pelos testes, futuramente o robô também poderá ser usado na aplicação de terapias contra o câncer.
"O câncer da próstata é a última forma de câncer ainda diagnosticada com biópsias cegas, por isso estamos trabalhando para mudar isso com a tecnologia guiada por imagem," disse a Dra. Clare Tempany, do Instituto Politécnico Worcester. "O principal objetivo do nosso grupo é desenvolver tecnologias que permitam ampliar as capacidades dos médicos para tratar seus pacientes."
Atualmente, a maioria das biópsias da próstata é feita usando imageamento por ultrassom. Embora uma ecografia consiga localizar a próstata, essa técnica de imagem não tem precisão suficiente para determinar onde está o potencial tumor - é por isso que os médicos chamam o procedimento de biópsia cega, com a agulha sendo usada para perfurar vários pontos na expectativa de capturar o tecido doente para posterior análise.
Já a ressonância magnética produz imagens anatômicas e de caracterização de tecido detalhadas, podendo potencialmente identificar as lesões cancerosas.
Robô blindado
O desafio foi desenvolver um robô que funcionasse bem dentro de um aparelho de ressonância magnética, com seu fortíssimo ímã supercondutor. Para isso, todos os sensores e atuadores precisaram ser construídos com materiais não-ferrosos - o robô é quase todo de plástico e usa motores piezoelétricos cerâmicos.
O contrário também é verdadeiro, e o robô não pode interferir com o exame e estragar as imagens de ressonância magnética. Isto foi feito com sucessivas camadas de proteção de toda a parte eletroeletrônica do robô, de forma a reduzir ao máximo a indução de sinais eletromagnéticos.
E o robô também precisava ser pequeno o suficiente para caber no duto apertado da máquina de MRI e ainda deixar espaço para o paciente e para as mãos do médico.
O primeiro teste em humanos do sistema robótico, programado para 2015, será resultado de mais de seis anos de pesquisa e desenvolvimento, feitos em parceria com engenheiros e médicos da Universidade Johns Hopkins e do Hospital Brigham and Women.
Bibliografia:

Piezoelectrically Actuated Robotic System for MRI-Guided Prostate Percutaneous Therapy
H. Su, W. Shang, G. A. Cole, G. Li, K. Harrington, A. Camilo, J. Tokuda, Clare M. Tempany, N. Hata, G. S. Fischer
IEEE/ASME Transactions on Mechatronics
Vol.: PP Issue: 99 - Pages 1-13
DOI: 10.1109/TMECH.2014.2359413

Como Calcular a Produtividade da sua Empresa

Postado por: Redação Indústria Hoje em: 25, dez, 2014


Como calcular a produtividade da sua empresa é fundamental para qualquer empresário que deseja ter o controle do seu empreendimento. Com essa informação, é possível, entre outras coisas, saber se está dando conta dos seus clientes e se pode oferecer os seus serviços ou produto para mais interessados.
Por isso, é preciso saber que o conceito de produtividade se baseia na relação entre saídas e entradas monetárias (em dinheiro) do setor que está sendo analisado ou mesmo de uma empresa no geral, se for esse o seu intuito. O cálculo de produtividade vai medir em quanto tempo e com quanto dinheiro a sua empresa executa uma atividade, que pode ser o serviço oferecido ao cliente final ou mesmo uma etapa do procedimento.
Com o cálculo de produtividade também se tem a quantia exata que é gasta para fabricar um determinado número de produtos. Especialistas afirmam que para saber se uma empresa é produtiva deve-se saber se ela é capaz de gerar mais produtos e serviços de qualidade, mesmo com gastos reduzidos e dentro do menor espaço de tempo possível.
Para que o resultado na hora de calcular a produtividade da sua empresa seja positivo, a relação entre saídas e entradas deve ser sempre maior que a unidade. Dessa forma, o preço do produto final deve superar os custos dos insumos que são necessários para sua fabricação, bem como dos custos fixos (juros e depreciação dos equipamentos, entre outros).

Veja como calcular a produtividade da sua empresa

Quando se fala em entradas e saídas, refere-se ao que foi gerado com o que foi empregado de recursos para fabricar um produto ou atender um serviço. Assim, o resultado do cálculo de produtividade da sua empresa vai informar o quanto está sendo empregado para cada unidade do que foi fabricado.
Dessa forma, pode-se usar uma fórmula para cálculo de produtividade e eficiência, que é a seguinte:
Produtividade = valor das saídas úteis dividido pelos custos totais para obtenção das saídas.
Ou outras palavras, divide-se o valor da receita total pelo custo total. Assim: Produtividade = saídas/ entradas
Além disso, essa fórmula se adapta facilmente a outras situações, como cálculo de produtividade de mão de obra. Para tanto, basta trocar pelos fatores específicos, como horas/trabalhador, por exemplo.

Exemplo de como calcular a produtividade dos funcionários

Você tem um negócio que fatura 50 Mil reais por mês com 10 funcionários. Cada funcionário trabalha 160 horas/mês, desta forma, podemos calcular que:
- 10 x 160hs = 1600 hs/mês “disponível”.
- 50.000 / 1600
Faturamento = 31,25 R$/Hh
Estes R$ 31,25 é a relação de produtividade entre o faturamento da empresa e o número de horas que você tem “disponível” com os 10 funcionários. Suponha que você consiga treinar bem este seus 10 funcionários do modo que eles produzam mais e você fature 60 mil no próximo mês você terá um ganho de produtividade. Veja:
- 10 x 160hs = 1600 hs/mês “disponível”.
- 60.000 / 1600
Faturamentos = 37,50 R$/Hh (Aumento de Produtividade)
Veja que o valor faturado em relação ao número de horas disponíveis aumentou, ou seja, você teve um aumento de produtividade (Ganho) de R$ 6,25 por hora com os mesmos 10 funcionários. O inverso pode acontecer também, faturar por exemplo:
- 10 x 160hs = 1600 hs/mês “disponível”.
- 30.000/ 1600 =
Faturamento = 18,75 R$/Hh,  ou seja, uma queda de produtividade de R$ 12,50

Mesmo que essa seja a forma de como calcular a produtividade da sua empresa mais usada, a sua definição conta com alguns problemas de quantificação. Isto é, nem todos os custos são facilmente mensuráveis, como o risco de acidentes, maior ou menor satisfação do trabalhador, a qualidade das relações, entre outras.
Esses fatores também interferem direta ou indiretamente nos custos e receitas, mas não são incluídos na medida da eficiência ou produtividade, justamente porque não é possível atribui-los um valor. Por fim, vale lembrar que há três classificações das medidas de produtividade: parcial, múltipla e global.
É parcial quando é considerado somente um tipo de entrada. Se englobar mais de uma entrada, a medida será múltipla; e se envolver todas as entradas será global. É importante realizar o cálculo nesses três níveis, garantindo assim uma visão mais ampla da produtividade do seu empreendimento.
Por Fábio Alves e Vivian Fiorio

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Tecnologia afetará milhões de empregos em 20 anos

Postado por: Indústria Hoje em: 30, nov, 2014


A automatização de tarefas não é novidade: máquinas são usadas nas indústrias para agilizar os meios de produção e novos sistemas surgem para facilitar serviços diversos.
No entanto, a substituição de humanos por computadores é um fator preocupante para muitos profissionais.
Uma nova pesquisa realizada pela Deloitte e a Universidade de Oxford sugere que 10 milhões de ocupações poderiam ser substituídas por tecnologia no Reino Unido nos próximos 20 anos, com um em cada três em risco.
Segundo a pesquisa, tarefas repetitivas e com menor remuneração estão mais propensas a desaparecer, sendo que quem recebe até 30 mil libras por ano tem cinco vezes mais chances de perder o emprego do que os profissionais que ganham 100 mil libras por ano.
O relatório ainda estimou os setores que mais seriam afetados pela tecnologia. Quem trabalha com administração, vendas, transportes, construção ou mineração tem grande risco de perder o posto.
Já os que ocupam cargos em computação, engenharia, ciência, artes e mídia, direito, educação, saúde e serviços financeiros ainda não precisam se preocupar.
Outro estudo feito pelo CareerBuilder ainda revela que essa tendência também ocorre nos Estados Unidos, onde uma em cada cinco empresas já substituíram seus funcionários por sistemas automatizados. Em companhias com mais de 500 empregados, esse número chega a 30%.
De acordo com o levantamento, 257 ocupações tiveram queda na demanda por trabalho desde o ano de 2002, o que representa um terço de todos os empregos nos EUA.
Porém, enquanto alguns cargos são eliminados, novas oportunidades podem surgir: segundo o CareerBuilder, a grande maioria das companhias (68%) que substituíram seus funcionários pela automatização afirmaram que a adoção de novas tecnologias resultou na criação de novas posições em suas firmas.
E 35% das empresas que dispensaram trabalhadores afirmaram ter aberto mais vagas do que tinham antes da automatização.
A internet também impactou uma série de áreas no mercado de trabalho. Agentes de viagem, por exemplo, perderam mais de 38 mil empregos entre 2002 e 2014 conforme vários serviços online que automatizam esses processos foram lançados nos últimos anos.
Esse número representa uma queda de 34% em um campo que paga 16,17 dólares por hora.
Em compensação, nesse mesmo período os cargos de desenvolvedores de software e desenvolvedores web cresceram em 195 mil nos EUA, pagando 43 dólares por hora.
Adeline Daniele, de INFO Online

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O maior projeto de engenharia do mundo vai sair do papel?

Postado por: Indústria Hoje em: 22, dez, 2014


São Paulo – O antigo sonho de um canal na Nicarágua que rivalize com o do Panamá está ficando um pouco mais próximo da realidade.
Ele começa a tomar forma hoje com a abertura de estradas em direção à comunidade de Rio Grande, onde será cavado um canal de 278 quilômetros de comprimento entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
Com custo estimado em US$ 50 bilhões, é o maior projeto de engenharia do mundo e deve demorar entre 6 a 10 anos para ser concluído. A Maersk, maior empresa de transporte do mundo, já deu o seu apoio.
O novo canal terá capacidade para navios maiores do que os que passam hoje pelo Canal do Panamá – mesmo quando o projeto de expansão deste, também já em obras, estiver concluído.
O projeto é discutido desde o início do século XIX mas nunca saiu do papel. Desta vez, passou a toque de caixa e com pouca transparência depois que virou uma questão de honra para o presidente e ex-guerrilheiro Daniel Ortega.
Ele governou o país entre 1984 e 1990, voltou em 2001 e ganhou em 2006 o seu segundo mandato consecutivo de 5 anos. No início deste ano, conseguiu passar reformas que permitem sua reeleição por tempo ilimitado ao mesmo tempo em que colocam a concessão do canal na Constituição.
Ele diz que o projeto é a chave econômica para a “independência total e definitiva” da nação, a segunda mais pobre das Américas. Com a perspectiva de crescimento do comércio global e a proximidade dos portos americanos, o canal pode trazer ao país um fluxo inédito de recursos.
Mar de dúvidas
Nem todos os nicaraguenses estão convencidos. A construção ficou a cargo de uma empresa chinesa, a Hong Kong Nicaragua Canal Development Investment Company, liderada por um empresário, Wang Jing, com um magro histórico público ou de grandes projetos.
Há muita especulação sobre supostos ganhos pessoais de Ortega no processo e das ligações de Wang com o governo da China, que já é líder mundial em fluxo de comércio e certamente está interessada em controlar o que pode vir a ser uma das principais rotas mundiais.
A Nicarágua ganhará apenas 1 ponto percentual de controle do canal a cada ano que passa – ou seja, só se tornará majoritária após 50 anos. Enquando isso, Wang e a HKND terão que pagar apenas US$ 10 milhões por ano e podem vender seus direitos para qualquer outra empresa ou país.
Eles também já tem carta-branca para criar zonas de livre comércio e construir portos e aeroportos em áreas ao redor do canal onde hoje moram agricultores e comunidades indígenas – que já estão protestando.
Poucos detalhes sobre financiamento e impacto ambiental foram liberados, apesar do projeto cortar ao meio o Lago Nicarágua, a principal fonte de água doce da América Central. Não é por acaso que muitos duvidam que o canal deixará de ser o que foi nos últimos 200 anos – apenas um sonho (ou pesadelo) distante.
https://www.youtube.com/watch?v=v_S7GizvkkU

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Conheça o avião que viajará a qualquer lugar em quatro horas

Postado por: Indústria Hoje em: 17, dez, 2014


São Paulo – Uma empresa britânica está desenvolvendo uma nova tecnologia que promete revolucionar as viagens aéreas (principalmente as espaciais). De acordo com a Reaction Engines, seus aviões serão capazes de viajar a qualquer lugar do mundo em apenas quatro horas. Além disso, a empresa afirma que com a tecnologia será possível fazer voos espaciais com custo mais baixo do que é possível hoje.
Isso será graças a uma tecnologia que a Reaction Engines batizou de Sabre em suas turbinas. Com ela, aviões devem ser capazes de atingir velocidade Mach 5,5, ou seja, viajarão a mais de cinco vezes a velocidade do som – o equivalente a 6,7 mil quilômetros por hora.
Um um vídeo (no final deste texto, em inglês), o engenheiro chefe da empresa, Alan Bond, explica o que permite o Skylon (o avião da empresa) atingir essa velocidade. Basicamente, o grande trunfo é a capacidade de resfriar o ar.
Mais de 1,250 toneladas de ar atmosférico são capturadas pelas turbinas do Skylon enquanto ele voa. Com a tecnologia “precooler”, o ar dentro das turbinas é esfriado de uma temperatura de mil graus Celsius para -150 graus. Isso permite que o sistema funcione com um poder muito mais alto do que acontece hoje sem que a turbina sofra com altas temperaturas.
Com isso, uma velocidade muito mais alta pode ser alcançada. A empresa afirma que isso possibilitaria viajar entre pontos distantes do planeta em apenas quatro horas.
Inicialmente a empresa trabalha com a turbina em um avião não tripulado para transporte de cargas espaciais. Uma versão do avião para transporte de passageiros está em desenvolvimento.
Uma parceria com a Agência Espacial Europeia está trabalhando para deixar a tecnologia economicamente viável. Por enquanto, eles trabalham com um jato com capacidade para 300 passageiros. De acordo com a empresa, um número menor deixaria o projeto inviável por conta do preço por passageiro.
O Skylon e sua tecnologia ainda estão em desenvolvimento e testes. A previsão é que eles possam ser usados comercialmente a partir de 2019.
https://www.youtube.com/watch?v=yLD1TPsEi3E

domingo, 21 de dezembro de 2014

Significado de Solstício de Verão

Por significados
Google Images

Solstício de Verão é um fenômeno da astronomia que marca o início do Verão. É o instante em que o hemisfério Sul está inclinado cerca de 23,5º na direção do Sol.
O termo solstício tem a sua origem no latim solstitiusque significa "ponto onde a trajetória do sol aparenta não se deslocar". Consiste em sol + sistere que significa "parado".
No solstício de Verão ocorre o dia mais longo do ano e consequentemente a noite mais curta do ano, em termos de iluminação por parte do Sol. O solstício de Verão pode acontecer no dia 21 ou 22 de Dezembro, dias em que a radiação solar incide de forma vertical sobre o Trópico de Capricórnio.
O solstício acontece graças aos fenômenos de rotação e translação do planeta Terra, pois graças a eles a luz solar é distribuída de forma desigual entre os dois hemisférios. O solstício de Inverno significa que a luz do sol não incide com tanto fulgor no hemisfério em questão. São fenômenos opostos dependendo do hemisfério em que um determinado país se encontra. Por esse motivo, quando é Inverno no Brasil (hemisfério sul), é Verão em Portugal (hemisfério norte).

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Índia lança foguete com módulo para astronautas

Por Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/12/2014

O foguete tem capacidade para lançar um módulo tripulado ou satélites de grande porte. [Imagem: ISRO]
Cápsula para astronautas
A Índia lançou com sucesso seu foguete GSLV MK-III, capaz de colocar em órbita uma cápsula tripulada ou satélites de grande porte.
O foguete, de 630 toneladas e 42,4 metros de altura, tem capacidade para transportar até quatro toneladas de carga útil.
No teste inicial, o foguete levou ao espaço nada menos do que um módulo para astronautas, chamado CARE (Crew module Atmospheric Re-entry Experiment), que pesa 3.775 kg.
Além de testar o foguete, o principal objetivo do lançamento foi testar a capacidade de reentrada do módulo Care e sua descida no oceano com pára-quedas.
Segundo a Isro, a agência espacial indiana, o módulo separou-se como previsto, a uma altitude de 126 km e reentrou na atmosfera com sucesso, descendo na Baía de Bengala 20 minutos e 43 segundos após o lançamento.
O MK-III possui dois foguetes laterais, chamados S-200, cada um com 207 toneladas de combustível sólido. Eles se separaram 153,5 segundos após o lançamento. O módulo principal do foguete, chamado L110, impulsionado por combustível líquido, foi acionado 120 segundo após o lançamento, quando os dois foguetes S-200 ainda estavam funcionando, e levou o módulo Care até a órbita desejada.
Segundo a Isro, o teste foi um passo essencial rumo a um voo tripulado, ainda sem data marcada.
A cápsula espacial Care tem capacidade para dois ou três astronautas, dependendo da configuração e da missão. [Imagem: ISRO]
Programa espacial ativo
A Índia possui um dos programas espaciais mais ativos do mundo, contando com 16 mil engenheiros e cientistas e um orçamento estimado em US$ 1 bilhão.
Em outubro de 2009, o país lançou sua primeira sonda lunar, chamada Chandrayaan- 1, que encontrou uma concetração de moléculas de água na Lua maior do que a esperada.
Há cerca de um ano, foi a vez da primeira sonda marciana, chamada Mangalyaan, que entrou em órbita de Marte com sucesso em setembro passado, um feito que só havia sido alcançado por EUA, Rússia e Europa - e ainda assim, com um sucesso de apenas 50% em todas as tentativas.
Neste momento, todos os olhos estão voltados para os resultados da Mangalyaan, que possui instrumentos que poderão confirmar ou não os dados recentes da NASA, que mostraram picos de emissão de metano em Marte.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Cartões de crédito ganham proteção quântica contra fraudes

Por Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/12/2014

A técnica, chamada Autenticação Quântica Segura, pode confirmar a identidade de qualquer pessoa ou objeto - incluindo cartões de débito ou crédito. [Imagem: OSA/MESA Universidade Twente]
Autenticação Quântica Segura
A mecânica quântica é a mais nova ferramenta na luta contra a clonagem e a falsificação de cartões de crédito e débito.
Sebastianus Goorden e seus colegas da Universidade de Twente, na Holanda, usaram uma técnica de criptografia quântica para autenticar uma chave física que é virtualmente impossível de ser fraudada.
A técnica, chamada Autenticação Quântica Segura, pode confirmar a identidade de qualquer pessoa ou objeto - incluindo cartões de débito ou crédito - mesmo se uma informação essencial tiver sido roubada - o cartão inteiro, por exemplo.
Os chips dos chamados "cartões inteligentes" melhoraram muito a segurança, mas, independentemente da complexidade do código neles criptografado, ou das várias camadas de segurança utilizadas, um ladrão que leve o cartão poderá reproduzir essas informações ou emulá-las.
A nova técnica usa as propriedades quânticas da luz em um sistema de pergunta e resposta que não pode ser copiado. A base de tudo é a propriedade quântica que permite que os fótons estejam em múltiplos locais ao mesmo tempo.
Proteção contra clonagem de cartões
O processo funciona com a transmissão de um pequeno número de fótons (a pergunta) sobre uma área do cartão de crédito tratada com uma tinta especial de nanopartículas e, a seguir, do monitoramento do padrão gerado (a resposta) quando esses fótons incidem sobre a superfície. Como - no mundo quântico - um único fóton pode existir em vários locais, torna-se possível criar um padrão complexo com poucos fótons, ou mesmo com apenas um.
"A chave é autenticada iluminando-a com um pulso de luz que contenha menos fótons do que os graus de liberdade espaciais e verificando a forma espacial da luz refletida. Os princípios físico-quânticos proíbem um atacante de caracterizar completamente o pulso de luz incidente. Desta forma, ele não pode emular a chave reconstruindo digitalmente a resposta óptica esperada mesmo se todas as informações sobre a chave forem conhecidas publicamente," afirmam os pesquisadores.
Devido às propriedades quânticas da luz, qualquer tentativa de observar o procedimento gera uma decoerência, ou seja, a destruição da informação que está sendo trocada, impedindo a clonagem do cartão.
Segundo a equipe, isto é suficiente para que a Autenticação Quântica Segura seja inquebrável, independentemente de quaisquer desenvolvimentos futuros na tecnologia.
Bibliografia:

Quantum-secure authentication of a physical unclonable key
Sebastianus A. Goorden, Marcel Horstmann, Allard P. Mosk, Boris Skoric, Pepijn W. H. Pinkse
Optica
Vol.: 1, Issue 6, pp. 421-424
DOI: 10.1364/OPTICA.1.000421

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Etiquetas sem fios darão segurança a passageiros de navios

Por Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/12/2014

[Imagem: Lynceus Project]
Etiquetas sem fios
Acidentes em navios como o Costa Concórdia e o sul-coreano Sewol mostram que as táticas usadas para retirar os passageiros em segurança das grandes embarcações não evoluíram muito desde o Titanic.
Por isso, engenheiros europeus de várias universidades e empresas se reuniram em busca de soluções que permitam rastrear os passageiros de um navio, garantindo que todos sejam orientados pela melhor rota de escape e, sobretudo, que nenhum seja deixado para trás, guiando equipes de socorro para resgatar aqueles que estejam em dificuldades.
A tecnologia escolhida pelo projeto Lynceus é similar às etiquetas RFID, mas de maior potência e dotadas de pequenas baterias para aumentar seu alcance.
"Criamos etiquetas sem fios inovadoras que podem ser incorporadas nos coletes salva-vidas, de modo que a localização das pessoas dentro do navio possa ser facilmente detectada," afirmou o Dr. Anastasis Kounoudes, diretor técnico de uma das empresas que participam do projeto. "Os oficiais responsáveis pela segurança poderão, assim, saber exatamente onde se encontra cada passageiro e membro da tripulação durante uma operação de evacuação."
Rastreamento contínuo
No dia-a-dia normal, os passageiros serão rastreados por meio de leitores instalados juntos aos sensores de incêndio.
Os engenheiros do projeto desenvolveram também um dispositivo de radar capaz de determinar a localização exata dos passageiros que tenham caído na água.
A tecnologia é versátil e poderá ser utilizada para ajudar os pais a localizar os filhos nos grandes navios de cruzeiro ou em parques de diversões, e também para monitorar a saúde de pessoas doentes - nesses casos, as pessoas a serem monitoradas deverão utilizar pulseiras especiais com as etiquetas sem fio embutidas.
O projeto Lynceus, que recebeu investimentos de €2,5 milhões da União Europeia, reúne 15 participantes de sete países: Chipre, Alemanha, Grécia, Itália, Espanha, Suíça e Reino Unido.
A equipe pretende agora efetuar uma série de testes com a tecnologia. O projeto deverá ser finalizado em 2015, quando então os parceiros industriais se responsabilizarão em levar as soluções para o mercado.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Samsung lança mouse comandado pelos olhos

Postado por: Indústria Hoje em: 25, nov, 2014


São Paulo – Nesta terça-feira (25), a Samsung apresentou um aparelho que rastreia o movimento dos olhos. A ideia é permitir que o movimento ocular seja usado para controlar as ações de um computador e executar tarefas como mover o cursor e rolar páginas, entre outras possibilidades.
O aparelho se chama Eyecan+ e fisicamente tem mais ou menos o tamanho de receptores de sinal de TV paga. Acoplada debaixo de monitores, a tecnologia transforma a atividade dos olhos em ações práticas reproduzidas no computador. O principal objetivo é ajudar pessoas incapazes de se mover em virtude de alguma deficiência motora.

A comercialização dos produtos, pelo menos por enquanto, não está nos planos da Samsung, que pretende doar os aparelhos para instituições de caridade. Tanto o software quanto o hardware terão suas configurações e arquitetura abertas em breve, segundo a empresa sul-coreana.
Não é a primeira vez que a marca desenvolve tal tecnologia. O primeiro “mouse ocular” foi lançado em 2012. O novo produto, entretanto, teve melhorias na calibragem e na interação com os usuários.
Fonte Adnews e Exame

sábado, 13 de dezembro de 2014

Brasil sofre com a qualidade de engenheiros formados no país

O problema não está tanto no número de profissionais; até as escolas top do setor enfrentam o desafio de repensar sua essência

Por Instituto de Engenharia

POR ÉPOCA NEGÓCIOS

Publicado em 5 de dezembro de 2014
Esta é a primeira lembrança de Ricardo Furquim do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), onde ingressou em 2011, aos 17 anos: uma palestra longuíssima, com quase três horas de duração. Nela, um dos pró-reitores da escola discorria sobre todas as maneiras pelas quais um aluno, ao longo do curso, poderia repetir de ano ou mesmo ser desligado da instituição. E havia muitos perigos.

Esta é a primeira lembrança de Ricardo Furquim da École Polytechnique, nas imediações de Paris, para onde se bandeou em 2014, aos 20 anos: uma palestra longuíssima, com quase três horas de duração. Nela, um dos pró-reitores da escola discorria sobre as inúmeras oportunidades que os alunos, ao longo do curso, teriam para aprender e desenvolver atributos, como a vocação e o talento. E havia muitas possibilidades.

A diferença entre os dois parágrafos anteriores é, ao mesmo tempo, pequena e gigantesca. Sob o aspecto formal, eles são similares. As variações, por sua vez, ajudam – como em um pequeno símbolo – a entender um fenômeno preocupante na educação no Brasil, embora ainda pouco debatido. As principais escolas de engenharia do país estão caducando. Elas perderam o viço. Já não cumprem a missão que lhes caberia em uma economia minimamente nutrida: formar líderes, lançar no mercado jovens dispostos – e preparados – para mudar o mundo.

O déficit é de qualidade
Esse não é um tema trivial. Os engenheiros estão na linha de frente da aplicação de todo tipo de tecnologia no dia a dia das pessoas. Na prática, eles ajudam a atiçar a competitividade e a inovação. Por isso, são tidos como peças-chave das engrenagens produtivas de uma nação. No Brasil, até aqui, muito se discutiu sobre o déficit desse tipo de profissional. Estimativas apontavam uma demanda em aberto da ordem de 150 mil engenheiros. Em um país com tantos gargalos estruturais, o senso comum aceitou tal quadro com naturalidade. Não é bem assim, contudo.

Um estudo dos pesquisadores Divonzir Gusso e Paulo Nascimento, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), indica a existência de um cenário diverso. O Brasil forma poucos engenheiros. Isso é um fato. Vale tanto para uma comparação com países desenvolvidos como para o contraste com economias mais chinfrins, com performance em desenvolvimento humano similar à brasileira, como México, Turquia e África do Sul (veja quadro à pág. 90). Aqui, entre todos os formados no ensino superior, menos de 5% são engenheiros. Na China, são mais de 40%. Essa, porém, é a imagem que se vê no mapa-múndi, sem considerar a dinâmica do mercado brasileiro.

Gusso e Nascimento, ao analisar o período entre 2000 e 2012, não identificaram sinais de uma procura excepcional por engenheiros. Isso quando observado o mercado nacional como um todo. Na média, os salários da categoria não subiram muito além do das demais. O que não indica uma demanda aquecida no mercado, no período analisado. Os técnicos do Ipea, por outro lado, perceberam algumas novidades. Houve, por exemplo, uma guinada na opção profissional de muitos jovens.

Em 2011, o número de calouros em carreiras ligadas a ciências, matemática e engenharia superou pela primeira vez na história do país o de jovens que ingressaram em faculdades de Direito. “O crescimento concentrou-se na engenharia”, diz Gusso. A profissão virou uma febre nacional. No período estudado, os ingressos no total de cursos superiores brasileiros aumentaram 120% e as conclusões, 149%. Na engenharia, esse avanço foi de 381% e 200%, respectivamente.

Isso, nem de longe, quer dizer que tudo vai bem. Ao contrário. O salto está associado a um período de crescimento econômico que torna algumas profissões, como a engenharia, mais atrativas. Esse já não é o caso brasileiro. Além do mais, a maioria dos ingressos de calouros ocorreu em cursos fracos (notas 1 a 3 no Enade). Somente 30% deram-se em salas de aula de melhor padrão (notas 4 e 5). “Por isso, o número de engenheiros pode até aumentar, mas os profissionais serão formados por instituições de baixo desempenho”, diz Gusso. “Na prática, eles não atendem às expectativas do mercado.” Os pesquisadores do Ipea também identificaram outros desequilíbrios no setor. Faltam, por exemplo, profissionais experientes, que possam liderar projetos (a engenharia estava em baixa nos anos 80 e 90).

Onde empinar um sonho?
Em suma, a média dos formados, ainda que melhore em volume, é ruim em qualidade. Por isso, a situação torna-se mais crítica, quando as escolas top também dão mostras de patinar. O caso de Ricardo Furquim, o garoto que trocou o ITA pela Polytechnique, também pode ilustrar esse ponto. Nascido em Rio Verde (GO), um dos paraísos da soja no Brasil, ele também morou em Teresina (PI) e em Fortaleza (CE). No ensino médio, era fã de documentários sobre tecnologia, inovação e ciência, exibidos em canais como The History Channel ou National Geographic. “Eu queria ter acesso àqueles laboratórios, aprender a colocar foguetes no espaço ou a planejar uma megaconstrução”, diz. Chegou ao ITA, seco para trabalhar na “fronteira do conhecimento”.

Mas aí... 
Diz Furquim: “Percebi que, mesmo com um excelente material humano, mesmo com excelentes alunos, o ITA parecia encalhado na década de 70. Eu me assustei com a infraestrutura. Via partes do teto caindo, goteiras e uma péssima rede elétrica. O que mais me espantou foi a total falta de ligação com a indústria, os poucos acordos de colaboração internacionais com boas universidades e a falta de motivação geral. Na Polytechnique, vejo que conseguirei o que buscava no ITA. Tenho certeza de que me tornarei um profissional de excelência, com a capacidade de gerar impacto positivo em qualquer indústria que eu trabalhe”.

Outro jovem brilhante, o paulistano Fabio Arai, de 18 anos, mudou de endereço escolar no mês passado. Ele deixou a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) para ingressar no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). Arai, no entanto, não teve como impulso para a mudança decepção com o curso brasileiro. Desde os 13 anos, ele vislumbra a possibilidade de estudar fora do país.

O rapaz é um colecionador de medalhas, conquistadas em olimpíadas científicas, notadamente em física e astronomia. Ganhou mais de 30 delas. Com 14 anos, participou de um evento no Massachusetts Institute of Technology (MIT). O desafio, ali, era criar um robô. A máquina deveria ao menos andar em linha reta. Arai foi além. Acrescentou ao bichinho um braço que funcionava à semelhança de um guindaste. Este ano, ele foi aprovado em um timaço de escolas americanas: Princeton, Berkeley, Columbia e Duke. Optou pelo Caltech, porque o instituto abriga um laboratório da Nasa. O sonho de Fabio Arai é trabalhar em projetos que, literalmente, avancem até a estratosfera.

Em uma peregrinação recente pelas universidades americanas, isso para decidir em qual delas iria estudar, Arai confirmou a existência de um abismo entre a motivação dos alunos de lá e os de cá. “Aqui, as pessoas querem o diploma. Depois que entram em uma boa faculdade, sabem que vão conquistar um bom espaço no mercado de trabalho”, diz. “Nas grandes escolas americanas, é diferente. O comprometimento dos estudantes é outro: eles querem aprender, querem evoluir.”

Fuga de (jovens) cérebros
A Fundação Estudar orienta e auxilia jovens brasileiros a ingressar em faculdades no exterior. Ela é mantida por alguns bambambãs do mundo dos negócios (Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira, Marcel Telles e André Esteves). Dados da instituição apontam que aumentou o número de jovens brasileiros que fazem cursos de graduação no exterior. Ele passou de 4.086, entre 2009 e 2010, para 4.684, entre 2012 e 2013. Dito assim, parece pouco. Uma migalha, ante os 7 milhões de brasileiros matriculados no ensino superior. Essa percepção, contudo, muda quando o foco fecha em um caso real.

A saída de Ricardo Furquim do ITA, a rigor, não tem nada de excepcional. Essa não foi a primeira vez que um jovem escapou por entre os dedos do instituto (ou de outras grandes escolas de engenharia do Brasil), atraído pelo canto sedutor de grandes cursos globais. Isso acontece. É natural que seja assim, principalmente em um mundo com fronteiras cada vez mais tênues e crescentes facilidades de intercâmbio.

Até agora, porém, essas perdas no ITA davam-se em um ritmo de conta-gotas – um a um, vez ou outra. Isso mudou. Em dois anos, pelo menos 13 jovens de duas turmas trilharam o mesmo caminho de Furquim. Debandaram em bloco para a Polytechnique. Não é pouca gente. As classes do instituto funcionam como grupos de câmara – são pequenas, embora estejam em processo de expansão. Hoje, cada um dos seis cursos oferecidos pela escola tem, em média, 20 alunos. O ITA forma entre 100 e 120 engenheiros por ano. A recente fuga de jovens cérebros representa, portanto, mais de 10% dos estudantes que concluem a graduação. Parece com o futebol: os nossos craques das ciências duras estão saindo cedo demais do país. Por isso, acreditam alguns especialistas, sem a certeza da volta.



Assédio bilíngue 

Só na base da lábia é impossível reter esses garotos. As propostas que recebem são irresistíveis. A Polytechnique, por exemplo, oferece de tudo, assim que os seus selecionadores farejam uma massa cinzenta promissora. “Tudo”, aqui, quer dizer exatamente isso: tudo. Além da oportunidade de viver uma experiência cultural única em outro país, os estudantes recebem bolsa, suporte permanente de professores e, se o aluno desejar, a cidadania francesa após a formatura. Assim, ele poderá exercer a profissão na França. A escola nem sequer exige que os candidatos a vagas falem francês, pois sabe que essa é uma língua em uso minguante no planeta. A garotada faz as avaliações em inglês e, depois, mergulha em um curso megaintensivo (gratuito, claro) de francês. Qual o resultado dessa política de captação de craques? Hoje, as turmas da Polytechnique reúnem jovens de 59 nacionalidades distintas.

Fabio Arai, o rapaz que fez o robô no MIT, também recebeu propostas de cair o queixo. Na Universidade de Columbia, em Nova York, ele teria direito a uma bolsa de pesquisa de US$ 6 mil, para se debruçar sobre qualquer assunto que escolhesse. Note: está dito “pesquisa”, sendo que o garoto ainda nem sequer ingressara na graduação. Mesmo assim, ele optou pelo Caltech. “Tinha mais a ver comigo”, afirma. “Agora, o mais importante não é o que vou receber, mas o que vou fazer e até onde posso ir.”

O novo estereótipo
A necessidade de renovação dos cursos de engenharia no Brasil – mesmo entre os que ocupam o topo da cadeia alimentar – é uma unanimidade entre especialistas. Esse, aliás, não é um dilema apenas brasileiro. Trata-se de um desafio global. Hoje, o que se pretende em todo o mundo é, no mínimo, tornar as salas de aula desses cursos compatíveis com fenômenos como o Big Bang digital e as mudanças de comportamento das novas gerações. A agravante é que, aqui, as engrenagens pedagógicas estão enferrujadíssimas.

José Roberto Cardoso, ex-diretor da Poli de São Paulo, narra uma história que ilustra à perfeição o tamanho desse anacronismo. Ele recebeu, recentemente, um e-mail da neta. Ela estuda engenharia na Universidade Federal de São Carlos (SP), uma escola de excelência no Brasil. A garota tinha uma dúvida sobre uma tarefa de cálculo. Cardoso resolveu a questão. “Encontrei o mesmo exercício, com resposta e tudo, em um livro de 1970, que eu usava quando cursei a faculdade”, diz. “Reconheço o valor das obras do passado, mas será que nada deveria ter mudado nesses últimos 40 anos?”

Sobram experiências, mas ainda não existe consenso em torno de um novo modelo para os cursos de engenharia. Algumas peças para a construção de um protótipo, contudo, já têm contornos bem nítidos. Em resumo, o que se busca é moldar um profissional preparado para lidar com os desafios do século 21. Por isso, o perfil almejado do novo engenheiro guarda poucas semelhanças com o velho estereótipo do hiperespecialista, isolado em um cantinho, com uma calculadora na mão.

Espera-se, hoje, que o engenheiro seja criativo, comunique-se bem, saiba trabalhar em equipe (um pré-requisito em qualquer área), lidere, empreenda (mesmo que dentro de uma empresa) e, principalmente, que tenha apetite pela inovação. “Hoje, ocorre o contrário”, diz o físico e engenheiro Roberto Leal Lobo, consultor e ex-reitor da USP, um dos principais nomes do debate sobre a renovação das escolas de engenharia no país. “O nosso engenheiro é formado para reproduzir, não para inovar.”

Engenharia com arte
A lgumas práticas pedagógicas em voga buscam tornar as aulas mais interessantes e participativas. Preconizam, por exemplo, uma melhor distribuição ao longo dos cursos de matérias mais áridas, como matemática, física e química. Elas devem ser ao menos intercaladas com trabalhos práticos, sempre que possível executados em grupo. A lógica contida nesse princípio é a seguinte: os alunos não precisam saber toda a física ou toda a matemática para, somente depois, tomar contato com a engenharia. “Mesmo porque, antes de Newton e Galileu, pontes e aquedutos já eram construídos”, diz Cardoso, da Poli. “Os trabalhos práticos tornariam as aulas menos maçantes e mais envolventes.”

Os currículos também tendem a ser flexíveis. Devem permitir a inclusão de matérias do interesse dos alunos, ainda que elas soem estranhas para os ouvidos afinados no diapasão das velhas escolas. Muito se fala, por exemplo, sobre a ligação entre arte e engenharia. Para demonstrar que ela faz sentido, basta uma palavra – Apple. Na prática, Steve Jobs e Steve Wozniak, os criadores da empresa, não fizeram outra coisa além de promover o casamento entre a arte e a engenharia, tendo o design como amálgama – ou templo. Isso para produzir uma nova interface entre homens e computadores. “Fazer engenharia com arte é difícil”, dizia Wozniack. “Mas é assim que se deve fazer.”

Na Universidade de Yale, esse mix funciona, embora seja incipiente. Há um ano, a escola inaugurou um centro de engenharia, inovação e design. Na prática, é uma fábrica-laboratório (a fab lab, o novo bibelô dos nerds) dotada de ampla parafernália instrumental, como impressoras 3D, onde os alunos podem imaginar e construir coisas. Que coisas? Quaisquer, contanto que consigam concebê-las e executá-las. “Os estudantes de engenharia amaram o espaço e isso não nos surpreendeu”, disse Peter Salovey, o presidente de Yale, a NEGÓCIOS. “O fascinante foi que os estudantes de arte também adoraram. Eles querem trabalhar com os futuros engenheiros em projetos que, afinal, também devem ser vistos como artísticos.”



A maldição da letargia 
As grandes escolas brasileiras não estão alheias às mudanças em curso no mundo. Ao contrário, muitas delas têm divulgado amplos projetos de renovação. O ITA está nessa lista. A escola já declarou metas ambiciosas. Elas contemplam o aumento de alunos (as vagas devem dobrar em cinco anos), a contratação de professores e a construção de novos alojamentos e laboratórios. O investimento previsto é de R$ 300 milhões. “Essa expansão física, no fim das contas, transformou-se em um pretexto”, diz Carlos Américo Pacheco, reitor do ITA. “Precisamos mesmo é reinventar a escola.”

Por isso, o plano também prevê a abertura de dois centros de inovação. Um deles funcionaria no campus da faculdade. O outro em um parque tecnológico externo. A ideia é que, em ambos, os alunos possam realizar trabalhos, pesquisas e ampliar o contato com empresas. A escola também está firmando um amplo acordo de colaboração com o MIT.

A Poli, da USP, que comemora 121 anos em 2014, também se sacudiu. Entre outras medidas, flexibilizou o currículo e firmou acordos internacionais de intercâmbio de alunos com instituições de ensino de primeiríssima da Europa. Quer ainda construir um baita laboratório de inovação e empreendedorismo, orçado em R$ 20 milhões. Projetado por Ruy Ohtake, ele foi concebido para funcionar à semelhança do fab lab de Yale.

Tudo lindo, não fosse uma barreira cabeludíssima. A maior parte das grandes faculdades de engenharia do Brasil é pública. Tal característica, como se sabe, embute uma maldição – a infinita letargia oficial. O ITA, por exemplo, até agora não tirou do papel o projeto dos centros de inovação. Um deles, o que seria erguido fora da escola, aguarda definição de financiamento por parte do BNDES. O contrato com o MIT, articulado há dois anos, não estava assinado até o mês passado. Na Poli, a construção da fábrica-laboratório já deveria ter começado. Com a atual crise da USP, corre o risco de virar peça de ficção.

Fosse outro o cenário, seria mais fácil levar adiante uma proposta feita por Roberto Leal Lobo, o ex-reitor da USP. Ele defende que a sociedade abrace o desafio de classificar pelo menos cinco escolas de engenharia brasileiras entre as cem melhores do mundo, em um prazo de 15 anos. “Isso faria grande diferença para o país”, diz. “Daríamos um salto real na formação de engenheiros.” Hoje, o Brasil tem apenas três instituições entre as 200 melhores. São elas a Poli (em 97º lugar), a Unicamp (152º) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (172º). Como se vê, falta muito.