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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Fundações rasas

Fundações rasas
A fundação rasa e direta transmite as ações predominantemente pelas pressões distribuídas sob a base da fundação.
São fundações rasas: sapatas, tubulões e radiers.

Em solos de elevada porosidade, não saturados, deve-se evitar fundações diretas, caso opte-se por esta solução devem ser feitos estudos considerando-se as tensões a serem aplicadas pelas fundações e a possibilidade de encharcamento do solo, pois estes solos são potencialmente colapsíveis, quando encharcados.
Sapata
Elemento de fundação rasa e direta em concreto armado, para o qual a profundidade de assentamento em relação ao nível do terreno é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação.

Tubulão

Elemento de fundação que transmite a carga por compressão para a camada com capacidade resistente adequada do solo. É composto por um um fuste cilíndrico e uma base alargada tronco-cônica a uma profundidade igual ou maior do que três vezes o seu diâmetro.

Radier

Elemento de fundação em concreto armado abrangendo toda a área edificada.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Paredes de concreto


A NBR 16055 define paredes de concreto moldadas in loco como sendo:
“elemento estrutural autoportante, moldado no local, com comprimento maior que dez vezes a sua espessura e capaz de suportar carga no mesmo plano da parede” (ABNT NBR 16055:2012, p.3).

São estruturas em forma de painéis de seções retangulares, com tela de aço como armadura.Todas as paredes exercem função estrutural, não existem de pilares e vigas. As paredes transferem todas as cargas para fundação

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Protensão

De acordo com PFEIL:
protensão é um artifício que consiste em introduzir numa estrutura um estado prévio de tensões capaz de melhorar sua resistência ou seu comportamento, sob diversas condições de carga.”

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Alvenarias

Alvenarias são conjuntos compostos por unidades menores, podendo ou não ser unidas por material ligante, justapostas em camadas horizontais que se sobrepõem umas as outras.
Alvenaria não estrutural, também chamada de alvenaria de vedação, tem as seguintes finalidades: compartimentar ambientes podendo ser internas ou externas, estas últimas delimitam a edificação; resistir ao seu peso próprio e a pequenas cargas de ocupação como prateleiras, lavatórios, entre outros; resistir às cargas de ventos e às solicitações de tentativa de intrusão, sem que a segurança dos ocupantes da edificação seja prejudicada; resistir a um certo nível de impacto sem entrar em ruína; resistir à ação do fogo, não contribuir para início de um incêndio nem para propagação de chamas e calor e não produzir gases tóxicos quando em combustão.

Alvenaria estrutural além de ter as mesmas finalidades da alvenaria não estrutural serve também como suporte estrutural. Conforme cálculo das cargas a serem suportadas, estas podem ser providas de pontos de graute e armaduras para aumentar sua capacidade portante.

domingo, 27 de outubro de 2013

Fundações

Fundações são elementos estruturais com função de transmitir as ações atuantes na estrutura à camada do solo com a resistência adequada. Os elementos estruturais de fundações devem suportar as tensões geradas pelos esforços solicitantes da estrutura, da reação do solo e deve ainda transferir e distribuir seguramente as ações da superestrutura ao solo, de modo que não cause recalques diferenciais prejudiciais ao sistema estrutural nem a ruptura do solo. Elas podem ser rasas, como sapatas, tubulões e radiers ou profundas, estacas.

sábado, 26 de outubro de 2013

Execução de alvenarias

Um projeto bem elaborado não tem valia se não for bem executado. Para tal é imprescindível a presença de um responsável técnico habilitado. Para uma boa execução, além de seguir rigorosamente o projeto deve-se também atentar a cuidados para determinados detalhes.
Uma região propícia ao aparecimento de fissuras é o encontro entre a alvenaria de vedação e a estrutura de concreto do pavimento superior. As principais causas para esta ocorrência são a estrutura transmitir os esforços aos quais está submetida para a alvenaria e a retração da argamassa.
Para prevenir as fissuras, é necessário empregar materiais e técnicas que possam absorver estes esforços e maximizar a aderência entre estas partes da construção. O encunhamento com argamassa expansiva é uma destas soluções e deve ser utilizado quando a estrutura é pouco deformável.
Para sua execução, a alvenaria deve ter sido concluída há no mínimo 14 dias, e a superfície deve estar totalmente limpa, sem qualquer tipo de pó, óleo, eflorescências ou outros materiais que prejudiquem a aderência. O encunhamento deve ser realizado de cima para baixo, com intervalo mínimo de 24 horas entre os pavimentos, de maneira a dar tempo para a estrutura se deformar.
A argamassa expansiva é uma mistura seca pré-preparada. No canteiro de obras é adicionada água, em quantidade definida pelo fabricante, sendo trabalhada em betoneira, em argamasseira ou manualmente, por alguns minutos. A folga deixada entre a alvenaria e a estrutura, entre 2 a 3 cm, é preenchida em cada um dos lados com uma colher de pedreiro. O excesso é retirado com a própria colher.

 Para melhorar a aderência entre a argamassa expansiva e as partes de concreto da edificação, costuma-se usar o chamado “chapisco rolado”, constituído de uma mistura seca em pó a base de cimento, polímero, agregados minerais e aditivos, comprada pronta em sacos e misturado com água no canteiro de obras. Na aplicação, utiliza-se um rolo de lã, para criar textura.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Projeto de alvenarias não estruturais

Um projeto com o detalhamento adequado é o ponto de partida para uma boa execução evitando-se patologias futuras. Alguns pontos críticos devem observados durante a elaboração do projeto e execução da obra, conferindo a cada subsistema o correto desempenho, minimizando a ocorrência de problemas.
As estruturas em concreto armado com vedações em alvenaria são o processo construtivo mais tradicional de edificações. A utilização de mão-de-obra desqualificada e a baixa mecanização nos canteiros de obra resultam em elevados índices de desperdícios de mão-de-obra, materiais, tempo, recursos energéticos, proporcionando ainda poluição e consequente degradação ambiental.
Deve-se, portanto, buscar a racionalização do processo aplicando-se princípios de construtibilidade, desempenho e garantia de qualidade. Para tal são necessárias ações como: detalhamento em projeto de forma clara para que seja bem interpretada pela equipe de execução, comunicação entre áreas técnicas principalmente executiva e projetista, implementação de técnicas construtivas adequadas às condições de cada empreendimento, qualificação, treinamento e interação das equipes de execução e projeto, melhoria na normalização, controle de qualidade, alinhamento com suprimentos e rigoroso gerenciamento de obra e projeto.
O projeto deve ser concebido tendo em vista: vãos verticais e horizontais da estrutura com a modulação da alvenaria evitando-se o corte de blocos, modulação da alvenaria com as aberturas para esquadrias de portas e janelas, posicionamento das instalações com as características da alvenaria viabilizando a passagens dos dutos pelos componentes, especificação de todos os materiais de construção necessários incluindo traços indicativos de argamassas de assentamento e encunhamento, memorial descritivo da construção, forma de locação das paredes, execução dos cantos, escoramentos provisórios frente à ação dos ventos, forma de fixação de marcos e contramarcos, necessidade de cintas ou pilaretes de reforço para paredes com grandes dimensões, detalhes construtivos de ligações com pilares. Para tal todas as disciplinas têm de estar criteriosamente compatibilizada, processo este que deve ser iniciado na fase de projeto conceitual evoluindo até finalização da execução.
É importante também considerar-se em projeto que as lâminas de água sejam deslocadas rapidamente das fachadas, para tal pode-se adotar detalhes construtivos como beirais, pingadeiras, entre outros. Algumas outras recomendações devem ser seguidas tais como: a espessura das paredes externas não deve ser inferior a 14 cm e estas devem ser revestidas, o projeto arquitetônico deve contemplar detalhes que controlem o fluxo de água, adequada instalação de rufos nos encontros de alvenarias externas paralelas, pois são importantes para evitar a infiltração de água pelo topo das alvenarias, tratar adequadamente com selantes elastoméricos todas as juntas, escolher o sistema de impermeabilização adequado para alvenarias em contato com pisos laváveis, platibandas em terraços ou varandas, vigas baldrames e fundações.
A seguir são apresentadas diretrizes para a definição da sequência de execução de alvenaria que devem ser contempladas em projeto:
·          retardar ao máximo o início da elevação tendo-se a estrutura deformada em pelo menos dois pavimentos acima do qual será iniciada a alvenaria;
·           executar as alvenarias a partir de pavimentos superiores;
·           retardar ao máximo o início da fixação na estrutura, evitando-se prazos inferiores a 14 dias de sua execução, incorporando toda a carga permanente possível e iniciando-se as fixações a partir dos pavimentos superiores;
·           para a fixação de topo do último pavimento aguardar 30 dias após a execução da mesma e fixar apenas após instalação do telhado ou isolamento térmico ou, quando não for possível, executar isolamento térmico provisório e manter até a instalação da cobertura prevista;

·           para encunhamento pode-se utilizar cunhas de concreto pré-fabricadas, permitindo que a alvenaria trabalhe rigidamente ligada à estrutura, tijolos cerâmicos maciços inclinados e o preenchimento com argamassa expansiva, devendo-se analisar para cada caso a solução mais adequada. Nas duas primeiras soluções o espaço entre a alvenaria e a laje deve ser entre 10 cm e 15 cm, já na solução com argamassa expansiva a distância deixada deve ser de 2 cm a 3 cm. A utilização de tijolos cerâmicos maciços inclinados pode proporcionar problema na execução de um revestimento racionalizado, por se tratarem de dois materiais diferentes e com espessuras distintas;
·           Em estruturas flexíveis, sugere-se a ancoragem superior das alvenarias com insertos de aço fixados nas vigas ou lajes mediante furação, limpeza e colagem com resina epóxi.
·           No encontro de alvenarias com pilares de estruturas muito deformáveis devem igualmente ser empregadas juntas flexíveis, para limitar a introdução de tensões nas alvenarias pelas deformações das estruturas e para evitar destacamentos em função das movimentações higrotérmicas do material da alvenaria. Sugere-se aplicação de poliestireno expandido, poliuretano ou cortiça, sendo introduzido sob pressão, apresentando espessura um pouco maior do que a folga. A ancoragem destas alvenarias deve ser feita com tela metálica para evitar a transmissão de esforços e minimizar o surgimento de fissuras.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Patologias em edificações

Patologia (derivado do grego pathos, sofrimento, doença, e logia, ciência, estudo) é o estudo das doenças em geral, como estado anormal de causa conhecida ou desconhecida, tanto na medicina quanto em outras áreas do conhecimento, como matemática e engenharias, onde é conhecida como patologia das edificações e estuda as manifestações patológicas que podem vir a ocorrer em uma construção. Ela envolve tanto a ciência básica quanto a prática.
Infelizmente são muito comuns nas edificações atualmente. Uma das principais causas são as altas velocidades de execução de projetos e obras em consequência das exigências de mercado. Por muitas vezes detalhes importantes de ambas as áreas, projeto e execução, são ignorados para atendimento de datas de entrega, sendo que alguns destes podem ser cruciais para que se evitem patologias.
As correções que se fazem necessárias após o aparecimento de avarias podem ser onerosas e causar grandes distúrbios aos usuários das edificações. Soma-se a isso o fato de que, se não corrigidas, também causam insatisfação e até mesmo insalubridade.

Cristiana Furlan


Cristiana Furlan Caporrino foi fundadora em 2006 da Furlan Engenharia & Arquitetura e segue dirigindo esta empresa com a meta de atingir seus valores.
Formada em engenharia Civil pela Escola de Engenharia Mauá em 1994, mestre em engenharia pela USP em 2007, com a dissertação de mestrado “Confinamento dado por lajes e vigas melhorando a resistência do pilar que as cruza” – orientador: Fernando Rebouças Stucchi.
Professora da pós-graduação FAAP. Disciplina ministradas:
Ø  Patologia em Alvenaria e Revestimentos Argamassados.

Professora da graduação FAAP. Disciplina ministradas:
Ø  Concreto Armado II 
Ø  Concreto Protendido 
Ø  Alvenaria Estrutural

Professora da pós-graduação Escola de Engenharia Mauá desde 2008. Disciplinas ministradas:
Ø  Gerenciamento de projetos
Ø  Logística aplicada ao canteiro de obras

Professora da graduação. Disciplinas ministradas:
Ø  Geometria analítica
Ø  Cálculo
Ø  Resistência dos Materiais
Ø  Instalações prediais hidráulica, de esgoto sanitário, drenagem de águas pluviais, elétrica

Palestra ministrada no Instituto de Engenharia em 2007.
Artigo publicado no IBRACON 2008 sobre confinamento do concreto.
Palestra ministrada aos alunos de quinto ano de engenharia civil da Escola de Engenharia Mauá em 1995.
Experiência em projetos de Usinas Hidrelétricas de médio e grande porte.
Experiência em projetos prediais residenciais e comerciais.
Experiência em projetos industriais nas áreas de papel e celulose, indústria química, siderurgia, alimentícia, galpões industriais para diversos fins, pontes rolantes.
Experiência em projetos na área de óleo e gás, incluindo Petrobrás e Shell do Brasil.
Projetos na área hospitalar.
Projetos de shoppings centers.
Experiência em projetos de terminais de cargas em aeroportos de todo Brasil com administração da INFRAERO.
Líder de equipes de projetos civis de grande porte.
Consultora na área de engenharia estrutural.