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sábado, 8 de agosto de 2015

Airbus registra patente de avião-foguete

Por Inovação Tecnológica

Airbus registra patente de avião-foguete
Esta seria a aparência do Concorde 2.0 hipersônico, caso ele chegue a ser fabricado. [Imagem: Airbus/Divulgação]
Avião ou nave?
A Airbus registrou a patente de um avião de passageiros hipersônico junto ao Departamento de Patentes dos Estados Unidos.
A aeronave, misto de avião e foguete, poderia atingir velocidades de até Mach 4,5, ou quatro vezes e meia a velocidade do som - cerca de 5.500 km/h. O Concorde chegava a uma velocidade de Mach 2.
A aeronave poderia teoricamente fazer o trajeto entre Londres e São Paulo, de 9,5 mil quilômetros, em menos de duas horas, uma enorme economia em relação às atuais cerca de 12 horas.
Para lidar com a aceleração, os assentos seriam mais parecidos com redes.
Contudo, e apesar de ter batizado o avião de Concorde 2.0, a Airbus provavelmente não pretende criar um avião para linhas normais: ele só pode levar 20 passageiros a bordo, insuficientes para cobrir os custos operacionais de viagens tradicionais.
O mais provável é que as diversas peças de tecnologia patenteadas possam ser usadas individualmente em outros modelos de avião, ou que a empresa pretenda explorar o mercado de turismo espacial, que tem uma longa fila de espera, mas cuja exploração comercial foi retardada com o acidente com a nave da Virgin Galactic no ano passado.
A Airbus começou a testar um modelo híbrido de avião e espaçonave em 2014. Em 2011, a empresa já havia apresentado um conceito de avião futurista, além de um misto de avião e nave voltado para turismo espacial, com características muito semelhantes às descritas neste pedido de patente:
Avião foguete
Airbus registra patente de avião-foguete
Ilustração da aeronave, constante do pedido de patente. [Imagem: USPTO/Airbus]
Pode parecer estranho a requisição de patente de um avião, mas os documentos do pedido falam em um "veículo aéreo ultrarrápido e método relacionado de locomoção aérea".
A nova aeronave usaria vários tipos de motores para vários fins e a energia viria de hidrogênio estocado a bordo do avião.
Para a decolagem, além dos motores a jato tradicionais, embaixo da fuselagem, o avião teria um motor-foguete na parte traseira.
Isto eliminaria o problema do estrondo sônico, gerado quando um veículo supera a velocidade do som, que pode assustar as pessoas e quebrar janelas, e que exigia que o Concorde somente acelerasse para valer quando estava sobre o oceano - o estrondo sônico ocorre em um foguete, mas ele se propaga perpendicularmente à direção do voo, sendo praticamente imperceptível do solo.
Uma vez no ar, as turbinas seriam desligadas e recolhidas e o motor-foguete daria o impulso para a aeronave subir a uma altitude de cerca de 30,5 quilômetros - ele subiria na vertical, como um ônibus espacial.
Na altitude adequada, com menor arrasto atmosférico, motores do tipo que geralmente se usa em mísseis seriam ligados e o voo alcançaria a velocidade de Mach 4,5.

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