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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Gerador nuclear à base de água para substituir baterias - Inovação Tecnológica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/09/2014

Embora o pesquisador chame seu dispositivo de bateria, ele é na verdade um gerador betavoltaico. [Imagem: Kim, Kwon - 10.1038/srep05249]
Betavoltaico
Desde 2009, o professor Jae Kwon, da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, vem tentando convencer o mundo a utilizar suas baterias nucleares.
Ele não teve muito sucesso até agora, por isso partiu para uma abordagem diferente.
Kwon e seu colega Baek Kim criaram uma bateria nuclear à base de água.
Segundo a dupla, uma bateria nuclear, tipicamente mais eficiente e de longa duração, poderia ser utilizada em muitas aplicações, incluindo os veículos elétricos, os satélites de comunicação e as sondas espaciais.
"Tecnologias nucleares controladas não são inerentemente perigosas. Nós já temos muitos usos comerciais de tecnologias nucleares em nossas vidas, incluindo detectores de incêndio nos quartos de hotéis e sinalizações de saída de emergência em edifícios," defende Kwon.
"A betavoltaica, uma tecnologia de bateria que gera energia a partir da radiação, tem sido estudada como fonte de energia desde os anos 1950", acrescenta ele.
Contudo, a conversão de energia utilizando radioisótopos vinha-se concentrando quase exclusivamente em materiais de estado sólido.

Princípio de funcionamento da bateria nuclear. [Imagem: Kim, Kwon - 10.1038/srep05249]
Gerador nuclear de fase líquida
A rigor, apesar de o pesquisador chamar seu dispositivo de bateria, ele é na verdade um gerador de energia.
O gerador betavoltaico utiliza um isótopo radioativo chamado estrôncio-90 para aumentar a energia eletroquímica em uma solução à base de água.
Um eletrodo coleta os elétrons da solução, criando a corrente elétrica de saída do gerador. O eletrodo é feito de dióxido de titânio nanoestruturado - o mesmo material usado em protetores solares e bloqueadores de raios ultravioleta - com um revestimento de platina.
"A água funciona como um armazenador e os plásmons de superfície criados no dispositivo acabam sendo muito úteis para aumentar a sua eficiência", disse Kwon.
"A solução iônica não é facilmente congelada mesmo a temperaturas muito baixas e pode funcionar em uma ampla variedade de aplicações, incluindo baterias de carro e, se devidamente embalada, talvez em naves espaciais," finalizou.
Bibliografia:

Plasmon-assisted radiolytic energy conversion in aqueous solutions
Baek Hyun Kim, Jae W. Kwon
Nature Scientific Reports
Vol.: 4, Article number: 5249
DOI: 10.1038/srep05249

Texto e imagens extraídos do site Inovação Tecnológica.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=bateria-nuclear&id=010115140918

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