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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A questão da água na Região Metropolitana de São Paulo - Instituto de Engenharia

POR INSTITUTO DE ENGENHARIA
Publicado em 14 de fevereiro de 2014

 O Sistema Cantareira - principal reservatório da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) está com capacidade abaixo de 19%, o menor índice em 10 anos. 

A iminência de um racionamento por conta da estiagem já foi assunto discutido em diversas ocasiões no Instituto de Engenharia, principalmente em 2003, durante o Seminário “Abastecimento de água da macro-região metropolitana de São Paulo – perspectivas a curto, médio e longo prazos”. Outros fatores como a capacidade nominal do sistema de produção de água na RMSP, praticamente igual ao consumo, e o compartilhamento de água com a bacia do Piracicaba foram também assuntos discutidos à época. 

Na ocasião, já era explicitado que “a complexidade do problema do abastecimento de água da Região Metropolitana de São Paulo não permite qualquer tipo de solução simplista, fácil e superficial. É preciso encarar o desafio e partir para ações que garantam água potável para as gerações futuras, sem deixar de tomar medidas imediatas para minorar o problema” 

Como consequência desse seminário, o Instituto redigiu um relatório de considerações e conclusões que foi encaminhado ao governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, que se comprometeu em receber e analisar as propostas dos engenheiros. 

Nos anos sequentes ao evento, o Instituto de Engenharia não deixou de falar sobre o tema por meio de artigos divulgados em seus veículos de comunicação, outros seminários e debates, como os artigos 

O sistema produtor são Lourenço: a Sabesp poderia ter ousado mais” e “Abastecimento de água na macro metrópole paulista” . 

A seguir, acompanhe algumas das recomendações propostas no seminário de 2003, que você também pode conferir a íntegra clicando aqui

Medidas urgentes 

- O governo do Estado, por meio da Sabesp, tome providências imediatas para redução do consumo, de modo a garantir reservas mais seguras para enfrentar a próxima estiagem, pois as simulações indicam possibilidades de um severo racionamento no próximo ano ampliando os riscos de operação do sistema adutor metropolitano e acarretando efeitos negativos para o abastecimento de água na RMSP. 

- Seja implantado imediatamente um sistema de operação emergencial, com participação dos comitês da Bacia do Alto Tietê e Bacia Hidrográfica do Piracicaba, Capivari e Jundiaí para administrar essa fase altamente crítica de escassez. 

Medidas estratégicas
- A Sabesp inicie, desde já, procedimentos para a obtenção das competentes licenças ambientais, contemplando os mananciais que sejam objetos no plano diretor em desenvolvimento – tendo em vista que as disponibilidades hídricas de novos mananciais não se estabelecem apenas a partir de cálculos hidrológicos, mas também pelas variáveis ambientais que contribuem para a redução das vazões disponibilizadas. 

- Dado os vultos dos investimentos necessários à efetivação, em tempo hábil, dos grandes projetos de uso múltiplo que contemplem ampliações de vazão para os sistemas de abastecimento de água da RMSP sejam incentivadas parcerias entre setores público e privado objetivando a viabilização econômica de recursos para esses empreendimentos. 

- O Estado, por meio da Secretaria de Economia e Planejamento, promova a imediata reorganização da RMSP, propiciando um novo planejamento e integração das políticas da região. 

- O Plano Diretor de Abastecimento de Água da Região Metropolitana de São Paulo da Sabesp seja acelerado e passe a incluir, entre suas alternativas, projetos de grande porte, como os que preveem usos múltiplos das águas da Bacia do Rio Ribeira de Iguape.

Texto extraído do site do Instituto de Engenharia
http://www.iengenharia.org.br/site/noticias/exibe/id_sessao/4/id_noticia/8374/A-quest%C3%A3o-da-%C3%A1gua-na-Regi%C3%A3o-Metropolitana-de-S%C3%A3o-Paulo

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