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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Combustível limpo feito com alumínio e água





Publicado por Inovação Tecnológica
Com informações da New Scientist -  18/08/2017

Economia do Hidrogênio: Combustível limpo feito com alumínio e água
Economia do Hidrogênio: Combustível limpo feito com alumínio e água
Embora seja considerado um combustível limpo e verde, fabricar hidrogênio não é uma tarefa fácil.
[Imagem: Waseda University]


Economia do Hidrogênio

A descoberta acidental de uma nova liga de alumínio que reage com a água de uma forma totalmente incomum pode ser o primeiro passo para reviver os sonhos da malfadada economia do hidrogênio.


A reação inesperada oferece uma fonte conveniente e portátil de hidrogênio para células de combustível e outras aplicações, potencialmente fornecendo uma alternativa às baterias e combustíveis líquidos sem precisar enfrentar os problemas até agora insolúveis de inserir o hidrogênio no sistema atual de armazenamento e distribuição de combustíveis.

Hidricidade: Usar hidrogênio para armazenar energia do Sol
Alumínio + água = hidrogênio

Anit Giri e seus colegas do Laboratório de Pesquisas de Aberdeen, nos EUA, estavam trabalhando em uma nova liga metálica de alta resistência quando derramaram água sobre o material durante os testes de rotina. Inesperadamente, a liga de alumínio começou a borbulhar intensamente. Bastou uma análise ligeira para revelar que o gás liberado era hidrogênio puro.

Isso normalmente não acontece com o alumínio. Geralmente, quando exposto à água, ele se oxida rapidamente, formando uma barreira protetora que interrompe qualquer reação adicional. Mas essa liga continuou reagindo de forma sustentável.

A equipe havia acabado de tropeçar em uma solução para um problema que perdura há décadas: como manter o hidrogênio armazenado até que ele seja necessário.

O hidrogênio tem sido considerado como um combustível limpo e verde, mas é difícil armazená-lo e transportá-lo porque suas moléculas são pequenas demais e percolam qualquer material usado para fazer um tanque. "O problema com o hidrogênio é sempre o transporte e a pressurização," resume Giri.
Economia do Hidrogênio: Combustível limpo feito com alumínio e água
Em uma célula a combustível o hidrogênio gera eletricidade e produz apenas água como resíduo. [Imagem: Mia Halleröd Palmgren]
Hidrogênio sob demanda

Se o alumínio puder simplesmente ser posto para reagir com água, isso significa hidrogênio sob demanda. Ao contrário do hidrogênio, o alumínio e a água são fáceis de transportar - e ambos são estáveis. Mas as tentativas anteriores de manter essa reação tinham mostrado exigências de altas temperaturas ou de catalisadores, e as reações eram lentas: a obtenção de hidrogênio levava horas e tinha uma eficiência em torno de 50%.

A nova liga, que está em processo de patenteamento, é feita de um pó denso de grãos de alumínio em escala micrométrica e um ou mais metais dispostos em uma nanoestrutura particular, não detalhada pela equipe. Basta adicionar água à mistura para produzir óxido ou hidróxido de alumínio e hidrogênio.

E o processo produz hidrogênio rapidamente e em grande quantidade. "O nosso [processo] faz isso com quase 100% de eficiência em menos de 3 minutos," disse Scott Grendahl, coordenador da equipe.

Além disso, o novo material oferece pelo menos uma ordem de magnitude mais energia do que as baterias de lítio do mesmo peso. E, ao contrário das baterias, ele pode permanecer estável e pronto para uso indefinidamente.

Outros pesquisadores avaliaram o experimento como muito promissor e uma eventual solução para que a economia do hidrogênio volte à agenda e deslanche, mas afirmam ser necessário que a equipe finalize seu processo de patenteamento para que a reação possa ser conhecida e testada em outros laboratórios e os dados anunciados até agora possam ser confirmados.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

ABEG lança prêmio para projetos de fundação e contenção

Premiação será bianual e foi criada em homenagem ao engenheiro Sigmundo Golombek

Gabrielle Vaz, do Portal PINIweb
18/Agosto/2017
A Associação Brasileira das Empresas de Projeto e Consultoria em Engenharia Geotécnica (ABEG) está com inscrições abertas para a primeira edição do Prêmio ABEG Sigmundo Golombek, que pretende reconhecer projetos de fundações e contenções concluídos entre 2015 e 2017. A iniciativa, que homenageia o engenheiro falecido na última sexta-feira (11), será realizada a cada dois anos.
Marcelo Scandaroli
Golombek foi o fundador da primeira empresa especializada em projetos e consultoria em engenharia geotécnica do Brasil. "O Prêmio é a forma encontrada pela Associação de homenagear este grande nome da nossa comunidade técnica", afirma Ilan D. Gotlieb, presidente da ABEG.
Poderão participar projetos de fundações e contenções de empresas associadas ou que tenham pelo menos um associado autônomo da ABEG, executados em solo brasileiro. Entre os critérios de julgamento, estão inovação, desafios contidos nos parâmetros da concepção do projeto, na superação das dificuldades de sua execução, nos materiais e métodos utilizados ou no controle de sua construção.
As inscrições vão até o dia 30 de setembro. Os interessados deverão fazer o download da ficha de inscrição clicando aqui e enviá-la para o e-mail premioabeg@gmail.com com o assunto Prêmio ABEG Sigmundo Golombek. O ideal é que sejam anexados detalhes do projeto em PDF, como sondagens, ensaios geotécnicos, mapa de cargas estruturais, análise do projeto e memorial descritivo. O resultado será divulgado no dia 2 de dezembro.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Núcleo vai incentivar o uso de madeira em projetos de arquitetura e engenharia no Brasil

Coordenado pelo arquiteto Marcelo Aflalo, grupo oferecerá cursos sobre a matéria-prima na construção, entre outras iniciativas

Gabrielle Vaz, do Portal PINIweb
15/Agosto/2017
Lançado na última quarta-feira (9) durante a Greenbuilding Brasil Conference, em São Paulo, o Núcleo de Referência em Tecnologia da Madeira vai incentivar o uso responsável do material em projetos de arquitetura e engenharia no Brasil. O grupo responsável por criar a instituição é formado por representantes do terceiro setor, bem como de empresas privadas e parceiros do poder público.
Marcelo Scandaroli
Entre as iniciativas do grupo está a realização de cursos sobre como usar a matéria-prima de forma consciente, sustentável, inteligente e contemporânea para arquitetos, engenheiros, designers e profissionais de incorporadoras. Com o tempo, também serão desenvolvidos projetos e produtos culturais.
Inicialmente, o núcleo funcionará em uma das salas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), no Butantã, na zona Oeste da cidade, mas já há um projeto para a sede da iniciativa. O prédio contará com área para exposição, xiloteca (que reúne amostras de madeira) e salas para oficinas e reuniões. “Este projeto da nova sede prevê a criação de um local totalmente autossustentável, com 80% dos seus elementos em madeira e geração própria de energia, dentro dos mais modernos conceitos de sustentabilidade”, comenta o arquiteto Marcelo Aflalo, coordenador-geral do Núcleo de Referência em Tecnologia da Madeira.

De acordo com Ricardo Russo, especialista de conservação do WWF-Brasil, o uso responsável da madeira na construção contribui com a gestão das florestas públicas brasileiras; auxilia na conservação da biodiversidade; e, por conta da estocagem de carbono que ocorre nas peças de madeira, ajuda a diminuir os efeitos e prejuízos das mudanças climáticas.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Gasolina sem petróleo: Primeiros 200 l feitos de CO2 e energia solar

POR INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Publicado em 14 de agosto de 2017

Sol + CO2 = gasolina, diesel ou querosene. [Imagem: VTT]

Combustível limpo

Um projeto tocado por engenheiros e pesquisadores da Alemanha e da Finlândia produziu os primeiros 200 litros de combustível sintético extraído do dióxido de carbono (CO2) atmosférico e usando energia solar.

O combustível limpo foi produzido em uma planta-piloto móvel, que pode ser usada de forma descentralizada para produzir gasolina, diesel ou querosene. Para facilitar sua mobilidade, a planta química supercompacta foi acondicionada em um contêiner.

"O sucesso da transição energética exige inovações geradas por pesquisas se estendendo dos fundamentos até as aplicações," disse o professor Thomas Hirth, do Instituto de Tecnologia Karlsruhe. "O sucesso do [projeto] Soletair reflete a importância das redes de pesquisa internacionais que lidam com os desafios globais e desenvolvem soluções aplicáveis."

Do CO2 à gasolina

A usina de combustível é formada por três componentes principais.

A unidade de "captura direta do ar" captura o dióxido de carbono do ar em volta. A seguir, uma unidade de eletrólise usa a energia solar para produzir hidrogênio. No terceiro componente, o dióxido de carbono e o hidrogênio são primeiro convertidos em gás de síntese reativo a alta temperatura e depois em combustíveis líquidos em um reator químico microestruturado.


Este é o reator microestruturado responsável pela última etapa do processo, convertendo gás de síntese em combustíveis líquidos. [Imagem: INERATEC/KIT]

A equipe afirma que esta é a primeira vez que o processo completo, da energia fotovoltaica e da captura de dióxido de carbono do ar, até a síntese de combustível líquido, mostrou sua viabilidade técnica.

A planta-piloto tem uma capacidade de produção de 80 litros de gasolina por dia. Na primeira campanha, agora concluída, foram produzidos cerca de 200 litros de combustível em várias fases, para estudar o processo de síntese ideal, as possibilidades de reaproveitar o calor produzido e as propriedades do produto final.

A planta compacta foi projetada para fabricação descentralizada, além de poder se encaixar em um contêiner para facilidade de transporte. Com isto, uma usina completa poderá ser ampliada de forma modular. A equipe já está constituindo uma empresa para comercializar esses módulos.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Produzido parcialmente com refugo de pneus de caminhão, o asfalto-borracha é alternativa sustentável para pavimentação de rodovias no Sul do país

Publicado por Indústria Hoje

Dirceu Neto

Edição 71 - Junho/2017
GUILHERME PUPO/ECOVIA
Desde 2008, a Ecovia, concessionária do grupo EcoRodovias, utiliza o asfalto-borracha (ou ecológico) na recuperação de pavimentos da BR-277, que liga Curitiba ao litoral do Paraná. O material apresenta diversas vantagens, como maior durabilidade e elasticidade. Além disso, há o fator positivo de ser ecológico, uma vez que para sua fabricação são utilizados pneus descartados de caminhões.
Segundo Alexandre Santos, gerente de engenharia da concessionária, apesar de o produto ter chegado ao Brasil em 2001, a empresa só passou a utilizá-lo sete anos depois, quando a tecnologia começou a se tornar mais viável tecnicamente e economicamente.
A escolha do material se deu por diversos motivos. O primeiro deles era o fator ecológico, que estava alinhado com a missão do grupo de empreender negócios sinérgicos e sustentáveis em infraestrutura logística. O asfalto-borracha é fabricado com 15% a 20% de pó de borracha moída de pneus de caminhões descartados, que não teriam reúso.
Para ter uma ideia do impacto que a escolha pode causar, somente no ano passado a Ecovia consumiu mais de 1,7 mil toneladas do asfalto-borracha, o que significa o uso de 238 toneladas de pó de pneu moído. Se considerado que cada pneu de caminhão produz cerca de 32 kg de pó moído, a aplicação do asfalto ecológico na rodovia BR-277 contribuiu para a reutilização de 7.500 pneus de caminhão em um ano.
GUILHERME PUPO/ECOVIA
Pó de borracha moída de pneus de caminhão descartados ganham reúso ecológico na pavimentação de rodovias. Somente em 2016, cerca de 7.500 pneus foram empregados na produção do material para a manutenção de trecho da BR-277, no estado do Paraná
Essa borracha de pneu em pó garante ao asfalto ecológico a principal das vantagens, quando comparado com o convencional: uma durabilidade 40% maior. "Com isso, a gente evita o trincamento precoce e o pavimento adquire uma vida útil maior", explica Santos, da Ecovia. Em outros termos, isso representa menos intervenções na BR-277 e menos impacto ao tráfego. "Ou seja, é menos obra travando a rodovia para o usuário", ressalta.
De acordo com o funcionário, o material também proporciona um pouco mais de aderência que o asfalto convencional. A empresa tem feito ensaios para quantificar essa característica. Se comprovada, pode significar a redução de acidentes, uma vez que o índice de aquaplanagem e, por sua vez, de derrapagens no asfalto-borracha seria menor.
A única ressalva é o preço, que ainda é um pouco maior do que o do asfalto convencional. No entanto, se antes a tecnologia chegava a ser 30% mais cara, hoje em dia essa diferença tem caído com o desenvolvimento da indústria. Em algumas praças, como o estado do Paraná, o valor cobrado pelo asfalto ecológico é quase o mesmo do convencional, segundo informa Santos. Decidir se a resistência compensa o custo maior de implantação do asfalto-borracha vai depender da análise do projeto técnico.
O maior desafio que a concessionária enfrentou desde que optou pela tecnologia foi a adaptação ao novo sistema. "No início, era um material diferente, então houve bastante dificuldade. A Ecovia precisou de um período de experiência, para evitar alguns insucessos", explica o engenheiro Santos, que garante que hoje a tecnologia já está totalmente assimilada pela empresa.
Alguns detalhes na fase de aplicação, por exemplo, foram corrigidos de acordo com o tempo. Como o asfalto-borracha não aceita muitas variações de temperatura, a atenção a esse detalhe passou a ser dobrada. "Ele tem que ser aplicado a uma temperatura que já vem determinada, e se não for aplicado a essa temperatura, não consegue rodar", afirma Santos.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Edifício brasileiro com sistema coluna-folha vence prêmio internacional

Publicado por téchne

Divulgação
O edifício corporativo Infinity Trinity Tower, vencedor da premiação italiana A'' Design Award

Os engenheiros da construtora brasileira MVituzzo venceram o Prêmio A''Design Award & Competition, na Itália, pelo uso do sistema híbrido na fachada do edifício corporativo Infinity Trinity Tower, que fica em São José dos Campos (SP). O sistema usado pelos engenheiros é a reunião de duas tecnologias: unitizada e stick. "Lançamos mão da pele de vidro contínua com uma cinta ininterrupta circundando todo o edifício, variando com uma cinta de alvenaria, típica de um prédio corporativo. Porém, por dentro do prédio, a interrupção deveria acontecer pela necessidade de o pavimento ser dividido em salas pequenas, médias e grandes", conta Marco Aurelio Vituzzo, diretor da construtora.
O Infinity Trinity Tower possui 12 salas por andar, que podem chegar a se tornar um único salão com mais de 400 m², não afetando em nada a fachada externa.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

MAD Architects cria edifício futurístico para fabricante do carro elétrico mais rápido do mundo

Torre escultural permite que o cliente acompanhe o automóvel ser transportado, pelos trilhos, do armazém à sala de exposições

Gabrielle Vaz, do Portal PINIweb
20/Julho/2017

O escritório MAD Architects divulgou nesta semana o projeto desenvolvido para a nova sede da Faraday Future (FF), próxima ao rio Napa, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos. Localizado em uma antiga base da Marinha, o complexo irá não só apoiar a pesquisa, como também o desenvolvimento e a fabricação do recentemente anunciado o carro elétrico mais rápido do mundo.
O campus, com área total de aproximadamente 130 mil m² e 20 mil m² de área construída, se baseia na ideia ficcional e misteriosa da FF. No projeto há duas estruturas metálicas baixas embutidas no cenário sem árvores ou arbustos do local, proporcionando objetos surreais e ficcionais, assimilando a tecnologia extraterrestre.
Como grande destaque está a torre escultural, que segue o mesmo design dos carros futurísticos da FF e permite que o cliente acompanhe o carro ser transportado do armazém à sala de exposições, no alto da torre, pelos trilhos. Ambos os espaços serão abertos ao público.
Um dos objetivos dos arquitetos do MAD foi criar um ambiente de trabalho flexível, que permita o crescimento dos funcionários e o avanço da tecnologia da empresa em um único espaço. A instalação possui perfurações que permite a formação de uma série de pátios internos, proporcionando luz natural aos espaços sociais, além de espaço ao ar livre para os funcionários.
Seguindo a ideologia da FF de "emissão zero e baixa energia", há painéis solares modulados nos telhados e na torre de experiência e sistemas de fachada com vidro operáveis, visando a redução de gastos com energia. Além da iluminação natural, os vidros permitem aos espaços dos escritórios visão completa sobre os visitantes e demais áreas externas.