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domingo, 26 de junho de 2016
Torre mais esbelta do mundo, na Inglaterra, atinge sua altura máxima
Por Luísa Cortés, do Portal PINIweb
segunda-feira, 20 de junho de 2016
domingo, 12 de junho de 2016
sexta-feira, 10 de junho de 2016
SOL E VENTO DO DESERTO FORNECERÃO 60% DA ENERGIA DO METRÔ DE SANTIAGO
Por Outra Cidade
Metrô de Santiago transporta 2,5 milhões de pessoas diariamente (esaaveni/Flickr)
Metrô de Santiago transporta 2,5 milhões de pessoas diariamente (esaaveni/Flickr)
O Atacama é o lugar mais seco do mundo. O índice pluviométrico médio é de 15 mm por ano, mas em alguns pontos, como a cidade de Arica, chega a 1 mm. Somando a altitude, a falta de grandes centros urbanos e a falta de nuvem, o deserto do norte do Chile é um dos melhores locais do planeta para observação astronômica. Mas essas condições também são ideais para algo bem mais terreno: a produção de energia solar. E o governo chileno está apostando nisso para o transporte público em Santiago.
Até o fim de 2017, a eletricidade produzida no sul do Atacama viajará mais de 600 quilômetros até a capital chilena para suprir 42% da energia necessária para o funcionamento do metrô. Outra parte da energia elétrica que moverá os trens do metrô virá do Parque Eólico San Juan, também na região do Atacama. O parque foi desenvolvido pela empresa espanhola Elecnor e pertence à Latin America Power, uma geradora brasileira. Ele será responsável por produzir 18% da energia para colocar os trens em movimento. Com isso, 60% da energia consumida pelo metrô de Santiago viria de matrizes renováveis.
O metrô de Santiago tem mais de 100 estações e transporta 2,5 milhões de pessoas todos os dias. O sistema metroviário da capital chilena é o segundo maior da América Latina – atrás apenas da Cidade do México – e a presidente, Michelle Bachelet, anunciou em uma visita às obras da estação Estádio Nacional que ele será o primeiro do mundo a rodar usando majoritariamente fontes renováveis de energia.
A construção da central de energia solar teve início esse ano ao sul do deserto do Atacama e deve ser concluída até o fim de 2017. A produção será transmitida diretamente para o metrô de Santiago, por meio de conexão direta. Isso significa que todo o sistema será montado sem esbarrar na questão de padrões de grade.
Devido à poeira do deserto, robôs limparão os painéis fotovoltaicos. Manter a limpeza em dia, nesse caso, significa aumentar a quantidade de energia gerada em 15%. A Sun Power, empresa responsável pelo sistema que terá a capacidade de 100 megawatts, tem sede em San Jose, na Califórnia, mas a maior parte dela é propriedade da Total, petroleira francesa.
terça-feira, 7 de junho de 2016
Folha biônica usa energia solar para fazer combustível líquido
Por redação do Site Inovação Tecnológica - 03/06/2016
A folha biônica usa energia solar e bactérias para produzir combustíveis líquidos a partir da água. [Imagem: Jessica Polka/Silver Lab]
Fotossíntese artificial
Depois de um tempo sem grandes avanços, a fotossíntese artificial acaba de receber um impulso de uma folha biônica, um dispositivo que utiliza a energia solar para separar as moléculas de água em oxigênio de hidrogênio, e bactérias que se alimentam do hidrogênio gerado para produzir combustíveis líquidos.
O sistema consegue converter a energia solar em biomassa com 10% de eficiência, o que é muito acima do 1% observado nas plantas de crescimento mais rápido.
"Este é um verdadeiro sistema de fotossíntese artificial," disse o professor Daniel Nocera, da Universidade de Harvard, nos EUA. "Antes, as pessoas estavam usando a fotossíntese artificial para quebrar as moléculas de água, mas este é um verdadeiro sistema de A-a-Z, e fomos bem além da eficiência da fotossíntese na natureza."
Catalisador de cobalto e fósforo
Na verdade, o avanço obtido agora é um melhoramento de um trabalho anterior da própria equipe, quando eles conseguiram construir sua primeira folha biônica.
O problema é que o catalisador usado então para a produção de hidrogênio - uma liga de níquel, molibdênio e zinco - também criava espécies reativas de oxigênio, moléculas que atacavam e destruíam o DNA das bactérias responsáveis pela sintetização do combustível líquido. Isso exigia que se aumentasse muito a tensão de funcionamento do sistema, o que reduzia a eficiência total da fotossíntese artificial.
Para contornar esse inconveniente, a equipe construiu um novo catalisador com uma liga de cobalto e fósforo, que não gera espécies reativas de oxigênio - mais conhecidas como radicais livres -, o que permitiu diminuir a tensão de operação da folha biônica, levando a um aumento drástico na eficiência.
A folha biônica (esquerda) fazendo o seu trabalho de quebra das moléculas de água (direita). [Imagem: Universidade de Harvard]
Qualquer coisa de carbono
Embora os experimentos descritos agora mostrem que o sistema pode ser usado para gerar combustíveis líquidos utilizáveis, seu potencial não para por aí.
"A beleza da biologia é que ela é o maior químico do mundo - a biologia consegue fazer química que nós não podemos fazer facilmente. Em princípio, temos uma plataforma que pode produzir qualquer molécula à base de carbono. Portanto, tem o potencial de ser extremamente versátil," disse a professora Pamela Silver, coautora do trabalho.
Bibliografia:
Water splitting-biosynthetic system with CO2 reduction efficiencies exceeding photosynthesis
Chong Liu, Brendan C. Colón, Marika Ziesack, Pamela A. Silver, Daniel G. Nocera
Science
Vol.: 352, Issue 6290, pp. 1210-1213
DOI: 10.1126/science.aaf5039
Water splitting-biosynthetic system with CO2 reduction efficiencies exceeding photosynthesis
Chong Liu, Brendan C. Colón, Marika Ziesack, Pamela A. Silver, Daniel G. Nocera
Science
Vol.: 352, Issue 6290, pp. 1210-1213
DOI: 10.1126/science.aaf5039
sábado, 4 de junho de 2016
Inaugurado o maior e mais profundo túnel ferroviário do mundo nos Alpes Suíços
Com 57 km de extensão, linha férrea de São Gotardo foi construída ao longo de 17 anos ao custo de 11 bilhões de euros
Luísa Cortés, do Portal PINIweb
2/Junho/2016
Foi inaugurado na última quarta-feira (1º) o maior ferroviário do mundo, que atravessa os Alpes Suíços com seus 57 km de extensão. Construído ao longo de 17 anos ao custo de 11 bilhões de euros, a linha de trem de São Gotardo faz uma viagem de 20 minutos entre as cidades de Erstelfd (cantão de Uri), na área alemã da Suíça, e Polleguio (cantão do Ticino), na região italiana. A velocidade média é de 200 km/h.
Inaugurado o maior e mais profundo túnel ferroviário do mundo nos Alpes Suíços
Ver Maior
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AlpTransit Gotthard Ltd.
Durante a construção dos túneis, que somam 152 km, os trabalhadores tiveram de perfurar diferentes tipos de estratos rochosos, desde granito duro até rocha sedimentar friável. As perfuradoras foram responsáveis por 80% do trabalho, e a explosão convencional foi utilizada nos outros 20% do processo.
Um total de 28,2 milhões de toneladas de material escavado foi removido do túnel. O trabalho foi dividido em diferentes seções da mesma obra, para economizar tempo e dinheiro. O túnel é o mais profundo do mundo, já que em seu ponto mais baixo passa 2,3 mil metros abaixo da rocha montanhosa, onde a temperatura alcança 50 °C.
A Suíça está localizada no centro da Europa, o que faz com que seja ponto estratégico para eixos de transporte de mercadorias. A cada ano, cerca de 26 milhões de toneladas de mercadorias diversas são transportadas pelos Alpes Suíços por via férrea. A tendência é de que esse volume aumente, e a população já votou para a substituição do tráfego transalpino rodoviário para ferrovias, que são mais eficientes e sustentáveis.
Próximo ao portal norte, localizado em Erstfeld, foi construído um memorial dedicado aos nove mortos durante as obras do túnel. Os seus parentes foram convidados à cerimônia de homenagem a eles.
O túnel entrará em operação regular no dia 11 de dezembro deste ano. Calcula-se que mais de 20 milhões de pessoas nas áreas vizinhas, entre o sul da Alemanha e o Norte da Itália, deverão beneficiar-se da ferrovia.
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AlpTransit Gotthard Ltd.
Um total de 28,2 milhões de toneladas de material escavado foi removido do túnel. O trabalho foi dividido em diferentes seções da mesma obra, para economizar tempo e dinheiro. O túnel é o mais profundo do mundo, já que em seu ponto mais baixo passa 2,3 mil metros abaixo da rocha montanhosa, onde a temperatura alcança 50 °C.
A Suíça está localizada no centro da Europa, o que faz com que seja ponto estratégico para eixos de transporte de mercadorias. A cada ano, cerca de 26 milhões de toneladas de mercadorias diversas são transportadas pelos Alpes Suíços por via férrea. A tendência é de que esse volume aumente, e a população já votou para a substituição do tráfego transalpino rodoviário para ferrovias, que são mais eficientes e sustentáveis.
Próximo ao portal norte, localizado em Erstfeld, foi construído um memorial dedicado aos nove mortos durante as obras do túnel. Os seus parentes foram convidados à cerimônia de homenagem a eles.
O túnel entrará em operação regular no dia 11 de dezembro deste ano. Calcula-se que mais de 20 milhões de pessoas nas áreas vizinhas, entre o sul da Alemanha e o Norte da Itália, deverão beneficiar-se da ferrovia.
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